Movimento organiza manifestação contra aterro do Oeste

O Movimento Pró-Informação, que contesta a construção do aterro sanitário do Oeste em Vilar (Cadaval), avisa que vai organizar uma manifestação amanhã para "denunciar as irregularidades do processo" e as "ilegalidades reconhecidas pelo provedor de Justiça".

O porta-voz do movimento, Gonçalo Rebelo de Andrade, disse hoje à Lusa que o objectivo da manifestação, que decorrerá junto ao local onde está a ser construída a infra-estrutura, na Quinta de S. Francisco, com início às 07h00, "é reagir contra a posição do Ministério do Ambiente de não dar cumprimento às recomendações do provedor de Justiça".Em construção desde Agosto de 2000 - sob contestação dos populares da aldeia de Vilar - o aterro sanitário do Oeste vai tratar os lixos urbanos de 14 municípios da região e permitir o encerramento de nove lixeiras.
Os manifestantes prometem protestar contra a localização do aterro por considerarem existir "risco de contaminação do principal aquífero da região Oeste".
O movimento pede ainda "a intervenção do Presidente da República neste complexo e polémico processo".
Por seu lado, o administrador da Resioeste (empresa responsável pela obra), Delfim Azevedo, garantiu que "as obras estão a prosseguir normalmente" e que tudo está a ser preparado para que seja inaugurado durante a segunda quinzena de Setembro.
Já a 27 de Julho, o provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, recomendou ao ministro do Ambiente a revogação do acto de aprovação do projecto de construção do aterro depois de ter analisado as queixas apresentadas pelo movimento.
A esta recomendação o Ministério do Ambiente respondeu que o despacho que autorizou o projecto "é juridicamente irrepreensível" e que foram obtidos todos os pareceres legalmente exigíveis para o efeito.
Por esta razão, o ministério garantiu que as obras devem prosseguir.

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