Chávez, que foi operada pela quarta vez a um cancro em Dezembro, em Cuba, iniciou na semana passada um tratamento “intensivo” de quimioterapia no hospital militar de Caracas, disse Maduro.

“As suas forças permitem-lhe actualmente enfrentar os tratamentos e está com bom moral”, declarou, segundo a AFP, o delfim de Chávez aos jornalistas, sexta-feira à noite, após uma missa pela saúde do Presidente, celebrada na capela do hospital, inaugurada na ocasião. Estiveram presente Maduro, muitos ministros e a filha do Presidente Maria Gabriela.

A decisão de fazer quimioterapia e radioterapia foi tomada na sequência das melhoras que revelou em Janeiro. Após a operação de Dezembro, Chávez sofreu uma  infecção respiratória e foi sujeito a uma traqueotomia e a uma intubação para o ajudarem a respirar.

O Presidente da Venezuela, 58 anos, voltou a 18 de Fevereiro a Caracas, após ter passado 70 dias em Havana, onde foi operado a 11 de Dezembro. Maduro explicou que Chávez enfrentou as três operações anteriores “com a certeza” de que sobreviveria, mas na última “sabia que havia uma possibilidade de não escapar”.

Antes das declarações feitas após a missa, Maduro e outros dirigentes venezuelanos desmentiram rumores de que Chávez estaria morto, ou a morrer. O vice-Presidente pediu que acabem os rumores sobre o que classificou como “o paciente mais acossado da história”. Acusou também os media internacionais de terem em curso “uma campanha para desestabilizar o país, mentindo sobre Chávez”.

“Continua o seu combate, a sua batalha, e estamos certos da vitória”, disse a apoiantes o irmão mais velho do Presidente, Adan Chavez, governador de Barinas, citada pela Reuters.

As especulações sobre o estado de saúde cresceram, em parte devido a uma declaração de um antigo embaixador do Panamá na Organização de Estados Americanos Guillermo Cochez, de que teria morrido.

As explicações oficiais sobre o estado de saúde de Chávez também não convencem a oposição. “Maduro mentiu repetidamente aos apoiantes do Presidente e aos venezuelanos sobre a sua situação real”, disse Henrique Capriles, adversário do chefe de Estado nas eleições de Outubro do ano passado.

Desde que, em Junho de 2011, foi diagnosticada o cancro de Chávez, alegadamente na zona pélvica, não foi divulgado qualquer boletim clínico assinado por médicos, nota a AFP.