Militar acusado de tentativa de contragolpe detido na Guiné-Bissau

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N'Tchama envolto numa bandeira de Portugal, após a captura AFP

Foi preso o militar suspeito de liderar um ataque a uma base militar na Guiné-Bissau no domingo passado – uma acção apresentada pelas autoridades transitórias como tentativa de contragolpe.

“Prendemos o capitão Pansau N’Tchama, líder do ataque de 21 de Outubro em Bissau”, disse à AFP, sábado à noite, um porta-voz do Exército, Ussumane Conaté.

Outra fonte militar confirmou que N’Tchama foi preso, juntamente com outros suspeitos de envolvimento no ataque em que morreram sete pessoas. Foram detidos em Bolama, no arquipélago dos Bijagós.

As autoridades que tomara o poder na Guiné-Bissau após o golpe de Estado que, em Abril, afastou o Governo do primeiro-ministro Gomes Júnior, acusam o chefe do executivo eleito, Portugal e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) de serem os instigadores do que consideram uma tentativa de contragolpe.

O ataque à base aérea é considerado por opositores do golpe de Abril, e por observadores da política guineense, como uma encenação para justificar perseguições a adversários, ocorridas nos dias seguintes.

N’Tchama, dizem as autoridades saídas do golpe, esteve nos últimos anos em formação militar em Portugal. Depois de detido foi fotografado envolto numa bandeira de Portugal. É também acusado de ser um dos executores de João Bernardo Vieira, Nino, um antigo Presidente da Guiné-Bissau.

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