Adolescentes do Estado Islâmico matam 25 homens no anfiteatro romano de Palmira

Vídeo divulgado pelos extremistas mostra primeiras imagens da cidade velha desde Maio e a destruição da prisão de Palmira.

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Imagem retirada do vídeo, no momento em que os jovens do grupo jihadistas rendem os extremistas adultos

Estas execuções já eram conhecidas. Foram noticiadas pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos poucos dias depois de a cidade ter sido conquistada pelos extremistas ao Exército nacional. Mas o vídeo publicado neste sábado mostra que havia 25 prisioneiros, e não 20, como era avançado inicialmente, e que as execuções foram levadas a cabo por adolescentes. O vídeo tem também imagens da explosão da prisão de Palmira, situada fora da zona histórica. 

Segundo o observatório, que monitoriza o conflito na Síria através de uma rede de activistas no terreno, os prisioneiros são soldados xiitas e alauitas que combatiam no exército de Bashar al-Assad e que foram capturados pelos extremistas.

O vídeo tem quase 10 minutos e as marcas características das produções do autoproclamado Estado Islâmico. As primeiras imagens mostram os prisioneiros a serem conduzidos para o palco do anfiteatro romano e feitos ajoelhar, mãos atadas atrás das costas, por extremistas adultos. É então que se dá uma entrada coreografada: os jihadistas adultos dão lugar a um grupo de jovens adolescentes, aparentemente com idades entre os 10 a 15 anos. Estão armados com pistolas e a cada um é atribuído um dos 25 prisioneiros.

Um homem vestido de negro faz um discurso. Atrás dele está uma bandeira do Estado Islâmico com vários metros e, adiante, uma plateia de cerca de 100 pessoas sentadas nos assentos do teatro romano, que data do século II d.C. Os adolescentes matam depois os prisioneiros a tiro. Segundo avançava o observatório, já em Junho, os jihadistas obrigaram habitantes de Palmira a assistirem às execuções.

Sabe-se que os jihadistas plantaram minas na cidade antiga de Palmira, em especial nas ruínas romanas. O grupo disse no final de Maio que não tenciona destruir os monumentos da cidade, mas apenas os santuários, estátuas e “ídolos que os infiéis adoram”. Em Junho, os jihadistas destruíram dois santuários fora da cidade velha.

 

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