“Há muito mais necessidade, muitos jovens, mesmo empregados, que têm emprego, vêm buscar uma refeição para levar. É muito preocupante, porque em geral são jovens com menos de 40 anos, alguns com 20 e poucos anos”, disse à agência Lusa o presidente da associação, Agostinho Amado Rodrigues.

Segundo o responsável da associação, o número de pessoas sem-abrigo tem vindo a aumentar: “O exército de desempregados, geralmente jovens, fez aumentar exponencialmente esta camada da população”.

No âmbito do projecto “Por uma Lisboa mais solidária”, a associação organiza há vários anos refeições para os sem-abrigo no Natal, Dia de Reis, Páscoa, Santo António e São Martinho.

Além de sem-abrigo, são convidadas a juntarem-se a estas “pequenas festas” outras pessoas com carências, principalmente “idosos que vivem sozinhos”.

Já foram confeccionados vários pratos para estas refeições de solidariedade e neste Domingo de Páscoa associaram-se à iniciativa dois estabelecimentos do centro comercial Apolo 70, que serviram cachupa.

Foi assim associado o carácter energético daquele prato cabo-verdiano ao nascimento da associação, com “origem num projecto de cooperação com os PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]”, explicou Agostinho Amado Rodrigues.

Além de restaurantes e pastelarias, outras empresas associaram-se à iniciativa, contribuindo com bebidas e fruta.

“Há uma cooperação grande das pessoas”, afirmou ainda Agostinho Amado Rodrigues.