Cantora ucraniana representa a Rússia no festival da Eurovisão em Moscovo

a A escolha de uma cantora ucraniana para representar a Rússia no próximo festival da Eurovisão da Canção foi contestada pelos fãs do festival e pelos media, que consideraram esta escolha antipatriótica.Anastasia Prikhodko foi a cantora escolhida para representar a Rússia com a canção Mamo, cujo refrão é cantado em russo e ucraniano. Uma proximidade musical e linguística distante do relacionamento conturbado entre os dois países, nomeadamente por causa dos fornecimentos de gás russo à Ucrânia.
A cantora, de 21 anos, que foi desclassificada do concurso da Eurovisão ucraniano, por ter apresentado uma canção mais longa do que o permitido e que além disso não era original, já era conhecida na Rússia por ter ganho, em 2007, o concurso de talentos Star Factor.
A votação russa baseou-se nos votos do júri e dos telespectadores da final nacional no passado sábado. Prikhodko foi a vencedora entre três finalistas e conquistou o direito a representar a Rússia na final europeia que vai decorrer entre os dias 14 e 16 de Maio, em Moscovo. A escolha motivou uma série de protestos entre os fãs russos, que chegaram a alegar que a votação foi fraudulenta.
O produtor de Valéria, uma das finalistas derrotadas, muito popular no país, exigiu uma repetição da competição."Como é que alguém que perdeu o concurso na sua terra natal pode representar a Rússia?", questionou Yusif Prigozhin, em declarações à agência estatal russa Ria Novosti.
A intérprete vencedora reagiu: "Farei tudo o que puder para que a Rússia seja representada com dignidade", escreveu Prikhodko no seu website. Para o produtor georgiano de Mamo, Konstantin Meladze ,"a selecção foi correcta e oportuna. Trata-se de uma canção muito internacional, a música foi escrita por um georgiano, é cantada por uma ucraniana e metade da letra foi escrita por um estónio", disse à mesma agência.
Os países da antiga União Soviética vão marcar a final russa do festival, onde a Geórgia vai participar com We Don't Want Put In, uma alusão ao primeiro-ministro Vladimir Putin.
A escolha de Anastasia Prikhodko foi contestada pelos fãs e pelos media, que a consideraram antipatriótica

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