Portugal leva 114 marcas à mais importante feira do calçado do mundo

Delegação portuguesa é a terceira maior, depois da Itália e da Espanha.

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A indústria do calçado exporta para 132 países Nelson Garrido

“É uma oportunidade de eleição para promover o calçado português à escala internacional”, diz Paulo Gonçalves, porta-voz da Associação Portuguesa da Indústria do Calçado (APPICAPS) que, com a AICEP, a agência de promoção externa nacional, define a estratégia de divulgação no exterior do sector com o apoio financeiro do programa Compete. Entre os vários países representados, e além de Itália, que recebe o evento, só a Espanha supera Portugal na presença da feira.

A indústria do calçado exporta para 132 países e, em 2012, vendeu para fora 71 milhões de pares de sapatos, num total de 1,6 mil milhões de euros (mais 4,5% face a 2011). A presença na Micam, que termina quarta-feira, permite aos empresários contactar com potenciais clientes de todo o mundo, sobretudo os que estão fora do espaço europeu, muito atingido pela crise financeira.

De acordo com Paulo Gonçalves, o crescimento das exportações o ano passado foi quase todo sustentado pelas vendas para fora da Europa, que aumentaram 33%, em comparação com a subida de 2% das exportações europeias. “Muito do desempenho do sector está associado à capacidade de adaptação a esses mercados”, sustenta o porta-voz da APPICAPS.

Na Micam vão estar representadas empresas de 30 países e espera-se que cerca de 40 mil pessoas visitem os mais de 1600 expositores.

Com as verbas do programa Compete, este ano o sector vai reforçar a promoção externa, sobretudo em mercados como a China. No total, serão investidos 12 milhões de euros numa grande campanha em 30 países, com o slogan The Sexiest Industry in Europe. A intenção é “reposicionar a oferta portuguesa a nível mundial”, diz a APPICAPS, e passar a mensagem de que esta é uma indústria europeia. “A portugalidade está presente na nossa campanha e temos o chapéu de sermos europeus”, diz Paulo Gonçalves, acrescentando que os produtos do Velho Continente são valorizados no resto do mundo. 

Mais de 95% da produção de sapatos baseada em Portugal é exportada para 132 países, o que faz deste sector o mais internacionalizado da economia nacional. Os sapatos nacionais têm o segundo preço mais elevado, a seguir ao da Itália (22,17 euros em 2012, mais 15% do que em 2011).

O PÚBLICO viajou a convite da APPICAPS.
 

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