Finanças confirmam que documentos sobre swaps não foram destruídos

Ministério liderado por Maria Luís Albuquerque abre processo para perceber por que foram dadas informações incorrectas sobre a destruição dos papéis.

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Maria Luís Albuquerque está a ser ouvida no parlamento Miguel Manso

Segundo a notícia hoje publicada pela edição online da revista Sábado, “os chamados papéis de trabalho que serviram de base à elaboração dos relatórios sobre o financiamento das empresas públicas, realizados pela Inspecção Geral de Finanças (IGF), em 2008, não foram, afinal destruídos”.

A revista acrescenta que “a documentação foi encontrada no arquivo da IGF, afastada dos processos respectivos, após uma busca a todo o espaço e não apenas à parte relativa ao sector empresarial do Estado”.

Em resposta à Lusa, a mesma dada à revista Sábado, as Finanças confirmam esta informação e acrescentam que decorre agora um processo para perceber por que foram dadas informações incorrectas sobre a destruição desses papéis.

Segundo o Ministério das Finanças, o equívoco aconteceu porque foi prestada informação incorrecta ao director operacional.

O PÚBLICO noticiou em Agosto que a IGF tinha destruído estes papéis de trabalho dos inspectores da IGF e que tal foi conhecido no âmbito de uma auditoria interna pedida pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, com a subinspectora-geral da IGF a justificar uma portaria de 2002 a destruição desses papéis após um período de três anos. O PÚBLICO referia que após este período a documentação teria de ser enviada para um “arquivo intermédio”, onde deveria manter-se durante 17 anos.

Na altura, o Ministério da Finanças emitiu um comunicado em que assegurava que “apenas os relatórios de auditoria têm de ser conservados pelos prazos prescritos” e que os documentos destruídos pela IGF tinham de ser conservados por um período de três anos.