"As contas fazem-se no fim. Quando o campeonato acabar, vamos todos fazer uma avaliação do campeonato. O jogo com o Sporting foi limpinho e continua a ser limpinho", reafirmou neste domingo o técnico do Benfica na conferência de imprensa de antecipação do jogo com o Estoril na Luz desta segunda-feira, a contar para a 28.ª jornada da liga portuguesa.

É no jogo com os estorilistas, aliás, que Jesus prefere concentrar as suas atenções. Por isso, não responde, por exemplo, a perguntas sobre a renovação de contrato, assunto que o presidente do clube Luís Filipe Vieira abordou no final da semana, garantindo que Jesus iria continuar no Benfica e que só faltava assinar um papel.

Pelo menos publicamente, Jesus não dá o sim definitivo: "O foco não é a renovação de contrato, é o Benfica e o campeonato. Não me posso desviar. O que importa é que a minha concentração seja o Estoril. Quanto à minha continuidade, a resposta é a mesma."

Para o técnico do Benfica, a prioridade é manter os quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto na luta pelo campeonato. "É um jogo decisivo dentro do que têm sido estes últimos jogos. O Benfica tem jogado com a necessidade de vencer para manter a vantagem de quatro pontos. Quanto mais se aproxima o final, a responsabilidade é a mesma, nada muda e não nos cria mais pressão, mas mais satisfação porque continuamos com estes pontos de avanço", frisou o técnico "encarnado", que deixou elogios ao Estoril, uma equipa "que sai bem em contra-golpe e com jogadores rápidos na frente".

Jesus admite fazer algumas alterações para o encontro desta segunda-feira, não por uma questão de rotatividade, mas para proteger algum jogador que tenha mostrado alguma debilidade física nos últimos tempos: "Jogamos na segunda feira e já jogámos na quinta e há sempre um dia a menos de recuperação. Mudar a equipa tem muito mais a ver com o risco de lesões. Se tivermos de fazer algumas alterações, será para proteger algum jogador."

Sem falar na final da Liga Europa com o Chelsea, Jesus admite que a ansiedade está a crescer porque a época está quase a acabar: "A intensidade emocional dos jogos é sempre grande e vai crescendo porque estamos a chegar às decisões e acresce. Foi assim na Madeira, com o Fenerbahçe, será depois do jogo com o Estoril. O que se passa é que as coisas estão a chegar ao fim e a ansiedade é a maior."