Del Piero assinou um contrato válido por um ano, com opção de renovar por igual período, que o Sydney FC admitiu ser o vínculo mais lucrativo da história do desporto australiano. Mas as negociações para a revalidação do compromisso têm-se arrastado. Del Piero admitiu que houve conversas entre as duas partes, mas ainda não se chegou a acordo. “Temos uma boa relação, mas, nesta altura, temos de pensar dia a dia”, sublinhou o italiano, acrescentando: “Primeiro, temos de obter uma boa posição na tabela, depois podemos falar com calma e tranquilidade sobre a próxima época.”

A chegada de Del Piero foi encarada como um momento de viragem para o clube e para a Liga australiana. As expectativas eram muito elevadas, um fardo com o qual o treinador Ian Crook não foi capaz de lidar, o que levou à sua demissão no mês passado, tendo sido substituído pelo ex-seleccionador australiano Frank Farina. Mas, enquanto procurava um novo treinador para a equipa, o clube poder-se-á ter distraído dos esforços para reter o seu símbolo. “Agora, que contratámos Frank Farina, será uma questão de a direcção se sentar e resolver as diferenças com o ‘Ale’ durante as próximas semanas”, acredita o director executivo do Sydney FC, Tony Pignata.

Del Piero esteve ausente na vitória obtida pelo Sydney FC no terreno dos neozelandeses Wellington Phoenix (2-1), no domingo, e não é certo que recupere a tempo do derby com os Western Sydney Wanderers, no próximo fim-de-semana. O italiano saiu de campo a coxear no empate (0-0) com os Melbourne Heart, há duas semanas, numa partida em que os defesas adversários estiveram determinados a fazer Del Piero merecer cada cêntimo do seu elevado salário.

“O último jogo foi especialmente duro, porque sofrer seis ou sete entradas por trás não é bom. É perigoso”, disse Del Piero. “Mas não estou a queixar-me ‘Oh, deram-me pontapés’. É o trabalho dos árbitros proteger-nos.”