Portas pede a engenheiros e arquitectos que dêem seguimento aos acordos assinados com o Brasil

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros apelou às ordens profissionais dos engenheiros e dos arquitectos para darem seguimento aos acordos assinados na segunda-feira entre Portugal e o Brasil sobre o reconhecimento dos respectivos cursos académicos.

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Acordo foi assinado na segunda-feira Miguel Manso

“Nós tínhamos um problema, engenheiros portugueses muito qualificados que não conseguiam exercer a sua profissão no Brasil. Qual era a razão? O reconhecimento do seu título académico. Em vez de nos pormos com microfones a protestar uns contra os outros, arregaçámos as mangas e pusemo-nos a trabalhar”, disse Paulo Portas que referiu que queria assinalar “este 10 de Junho com resultados práticos, no quadro da visita da Presidente Dilma Rousseff a Portugal”.

“Abre-se um caminho institucional, orgânico, com regras para que haja um sistema mais fácil de títulos académicos onde existia um problema com engenharia e com arquitetura, embora por caminhos diferenciados”, acrescentou Paulo Portas que exortou as ordens profissionais dos respectivos sectores a continuarem o trabalho diplomático que foi desenvolvido “com pragmatismo”, afirmou, entre os dois países.

“O acordo entre as universidades e o passo que nós damos aqui é muito importante e espero que o mesmo sentido construtivo venha a existir entre as ordens profissionais dos dois países”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.

“O título académico está reconhecido, com regras. Não há razão para que os títulos não sejam reconhecidos e a possibilidade de exercício profissional não seja reconhecida”, sublinhou Portas.

O chefe da diplomacia do Brasil que elogiou o acordo agradeceu na ocasião o apoio de Portugal na eleição do candidato brasileiro ao cargo de director-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

“A OMC é um sinal dos tempos. Dois candidatos chegaram à recta final: Brasil e México. A América Latina é parte da solução e esperemos que o comércio global beneficie disso mesmo”, respondeu o ministro português.

Na assinatura dos acordos entre os dois países estiveram presentes o ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato e o homologo brasileiro, Aloizio Mercadantes assim como reitores das universidades de Portugal e do Brasil.