O amor é mais frio do que a morte: Jean Eustache, A Mãe e a Puta

No momento em que podemos (re)encontrar Alexandre (Jean-Pierre Léaud), a sua companheira (Bernadette Lafont) e a amante dele (Françoise Lebrun), e alguns dos diálogos mais impúdicos alguma vez ouvidos em cinema, vómito ácido de uma época, o pós-Maio 68, ficamos também com o pudor de uma testemunha disso tudo: Luc Béraud, autor de Au Travail avec Eustache. A Mãe e a Puta, filme mítico, mais amado ou amaldiçoado do que conhecido, estará nos ecrãs portugueses a partir de quinta-feira.

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Bernard Prim

Em 2017, Luc Béraud publicou Au Travail avec Eustache. Conta nesta conversa como surgiu a ideia de publicar em livro as suas experiências como assistente de realização em A Mãe e a Puta (1973), Mes Petites Amoureuses (1974) e Une Sale Histoire (1977), obras pouco vistas e conhecidas — pelas razões que aqui também se revelam — que, talvez por isso, adensaram ainda mais um mito chamado Jean Eustache (1938-1981).

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