O projecto Mapas Natureza vai traçar novas rotas (de música e de arte) pelo interior
Mais de 50 artistas vão deixar marcas em dez destinos naturais portugueses durante dez fins-de-semana entre Julho e Outubro. Há muita música e artes plásticas, passeios e brincadeiras. E vão ser desbravados percursos pedestres dinamizados por vários artistas em caminhadas performativas.
A tradução de Rostografia é simples. É o registo das caras e dos desejos dos habitantes do interior português, um território com caras diferentes e com desejos específicos. É um dos muitos projectos dentro do projecto Mapas Natureza, que durante dez fins-de-semana percorre dez destinos naturais portugueses num programa que propõe o encontro entre a natureza, as comunidades e as artes.
O extenso programa — num extenso território — junta mais de 50 artistas, da música às artes plásticas e dedicará uma especial atenção às actividades familiares e de partilha com as crianças.
O Mapas Natureza acontece entre Julho e Outubro e vai levar concertos, criação colaborativa, instalações, documentários, piqueniques, caminhadas performativas e actividades a Sicó/Alvaiázere, Serra da Estrela, Serra da Lousã, Geopark Naturtejo, Vouga-Caramulo, Serra d’Aire e Candeeiros, Malcata, Açor, Vale do Côa e Gardunha.
“Dar eco a uma narrativa do real que, a partir da memória do indivíduo e da vida se guia pela arte”. É esta a missão desta primeira edição do Mapas Natureza, promovido pela iNature.
Com um formato concebido especificamente para se realizar ao ar livre e cumprindo as regras de segurança dos nossos dias, o programa itinerante do Mapas Natureza junta valores de património natural e cultural classificados nos municípios integrados no projecto, percorrendo as histórias dos territórios e das pessoas que nele habitam. Pelo caminho, foram criados quatro documentários (pessoas-mapas) que serão exibidos ao longo do projecto (sempre com tradução em língua gestual).
Serão ainda criados marcos visuais em criações que envolvem nomes como Telmo Silva, Pedro Novo, Gustavo Ciríaco, Beatriz Rodrigues, Colectivo Til, Patrick Hubmann, Edgar Costa e Tenório.
No campo da música, há espaço para concertos com nomes como B Fachada, Lula Pena, Samuel Úria, Catraia, Tó Trips, Danças Ocultas, Dada Garbeck, Omiri e Criatura, entre outros, e abrem-se palcos para cruzamentos entre grupos locais e músicos de outras paragens. Paul Johnson + Comunidade de Maçãs de Dona Maria; Dada Garbeck + Associação Raiz de Trinta; Cabrita + André Louro; Ricardo Martins + Grupo de Bombos de Lavacolhos; Ana Bento + Associação Recreativa e Cultural de Carvalhal de Vermilhas; Labaq + Pedro Melo Alves; Bia Maria + Filarmónica Pedroguense ou Lavoisier + Filarmónica da Bendada são algumas das somas de criação propostas pelo Mapas Natureza.
Tendo como objectivo “contribuir para a dinamização da economia local e da procura turística das áreas naturais classificadas da região Centro de Portugal”, o Mapas Natureza vai ainda identificar um conjunto de trilhos pedestres, a serem activados por caminhadas performativas criadas e orientadas por nomes como a bailarina e coreógrafa Carlota Lagido, a actriz Catarina Reis ou a Associação Lagarto.
Piqueniques com activações do projecto Jogos do Helder e propostas para brincar em espaço natural orientadas pelos projectos Brincar na Rua, o Geopark Estrela ou os Catrapum Catrapeia são alguns dos atractivos do programa dedicado aos mais novos.
O Mapas Natureza (o programa completo poderá ser consultado no site) é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do CENTRO2020 – Programa Operacional Regional do Centro.
