A Palma de titânio

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A Palma de Ouro ao filme de Julia Ducournau, 37 anos, é uma segunda vez na história do festival: depois de Jane Campion com O Piano (ex-aequo, em 1993, com Adeus, Minha Concubina, de Chen Kaige), uma mulher volta a ganhar o prémio máximo de Cannes

Uma hora antes do anúncio do Palmarés de Cannes 2021, na noite de sábado passado, alguns de nós tinham já a lista dos prémios da 74.ª edição do festival. Apareceu sabe-se lá de onde e estava discriminada q.b.: venceriam, na categoria actores, o australiano Caleb Landry Jones, por Nitram, e a norueguesa Renate Reinsve, por Julie (en 12 Chapitres); haveria uma zona nebulosa, que a “fonte” não conseguia fixar, com “o iraniano, com Memoria, com o japonês e com o Carax” — isto é, Un Hero, de Asghar Farhadi, o filme de Apichatpong Weerasethakul, Drive My Car, de Ryusuke Hamagushi e Annette; quanto à Palma de Ouro, seria Titane, da francesa Julia Ducournau, o filme sobre um corpo reconstruído através do titânio que atravessa o espectro da construção da identidades: mulher serial-killer, rapaz órfão, finalmente mãe.

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