Filme moçambicano escolhido para apoio de pós-produção em Veneza

Projecto de documentário de Inadelso Cossa está entre as seis obras seleccionadas para o programa Final Cut.

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As noites ainda cheiram a pólvora DR

O filme As noites ainda cheiram a pólvora, do realizador moçambicano Inadelso Cossa, está entre as seis obras seleccionadas para o programa Final Cut do Festival de Cinema de Veneza, anunciou a organização esta segunda-feira.

O programa Final Cut tem “fornecido, desde 2013, assistência concreta para a finalização de filmes de todos os países africanos e do Iraque, Jordânia, Líbano, Palestina e Síria”, recorda o festival, que realça que são atribuídos múltiplos prémios para a pós-produção dos trabalhos, desde correcção de cor a mistura sonora, entre muitos outros.

As noites ainda cheiram a pólvora é uma co-produção entre Moçambique, Alemanha, França, Noruega, Países Baixos e Portugal. De acordo com a sinopse disponibilizada em 2019 pelo programa de Talentos do Festival de Berlim, o documentário é um “ensaio fílmico para questionar, sarar e documentar as feridas e traumas que a Guerra Civil deixou em Moçambique, do ponto de vista das pessoas que sobreviveram, uma jornada pessoal que se cruza com a história do país”.

O realizador, que recebeu uma bolsa de produção e pós-produção do Festival Internacional de Documentário de Amesterdão, nos Países Baixos, explicou, segundo um texto na página desse festival, que, “preocupado com as memórias fragmentadas da infância durante a guerra civil em Moçambique”, regressou à aldeia da sua avó para “revelar as histórias por contar, que ainda assombram a [sua] geração”.

As noites ainda cheiram a pólvora vai participar no programa Final Cut ao lado de produções provenientes da Tunísia, Nigéria, Iraque, Marrocos e República Centro-Africana.

O 78.º Festival Internacional de Cinema de Veneza vai acontecer entre 1 e 11 de Setembro.

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