Ryuichi Sakamoto tem novo cancro, mas vai “continuar a fazer música por muito mais tempo”

Depois de ter superado a doença em 2014, o músico e compositor japonês, vencedor de um Óscar, foi diagnosticado com novo cancro, mas diz que não irá parar.

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Depois de ter sobrevivido e superado um cancro na garganta diagnosticado em 2014, o músico e compositor japonês Ryuichi Sakamoto foi diagnosticado com novo problema oncológico – um cancro rectal.

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Foi o próprio músico que o comunicou nas suas plataformas digitais esta quinta-feira. Na mensagem diz estar em tratamentos, após uma cirurgia que classifica como um “sucesso”. Na mesma missiva expressa gratidão ao pessoal médico que está a cuidá-lo e diz que em algumas circunstâncias, como viagens longas, poderá ser obrigado a dosear o esforço, mas reafirma que continuará a trabalhar “tanto quando puder”. E acrescenta: “Passarei a viver com o cancro. Mas espero continuar a fazer música por muito mais tempo.”

Depois do primeiro cancro, viria a lançar, em 2017, o álbum Async, que em parte reflectia essa experiência, como se a proximidade da morte tivesse contribuído para uma renovada relação de prazer com os rituais da vida. No ano passado, durante o período de confinamento, foi um dos mais activos músicos a propor actuações gratuitas, em streaming.

Ao longo dos anos, e depois de ter estado ligado ao colectivo japonês Yellow Magic Orchestra até final da década de 1970, prosseguiu um marcante percurso a solo que se cifra já em 19 álbuns, inúmeras colaborações (Alva Noto, David Sylvian, David Byrne) e bandas-sonoras para filmes como Feliz Natal, Mr. Lawrence (Nagisa Oshima, 1983), para o qual compôs o clássico Forbidden colours, ou O Último Imperador (Bernardo Bertolucci, 1987), pelo qual viria a receber um Óscar.

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