Há um novo modelo a três dimensões do SARS-CoV-2

Este novo modelo teve em conta os últimos resultados científicos sobre a estrutura do vírus.

O novo modelo em 3D do SARS-CoV-2
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O novo modelo em 3D do SARS-CoV-2 Visual Science
,Pandemia de coronavírus 2019-2020
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O novo modelo em 3D do SARS-CoV-2 Visual Science
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Proteínas de superfície do SARS-CoV-2 Visual Science
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Proteína do envelope Visual Science
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Corte da membrana do vírus Visual Science
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Fragmento do nucleocapsídeo (estrutura formada pela associação do ácido nucleico viral com o capsídeo de um vírus) Visual Science
Recife de corais
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Proteínas de superfície do SARS-CoV-2 Visual Science

Uma imagem pode ajudar-nos a entender melhor o coronavírus SARS-CoV-2. Por isso, os estúdios Visual Science criou um novo modelo a três dimensões deste vírus com muito pormenor, correcto a nível científico e com uma elevada resolução. As imagens foram divulgadas esta semana.

Para criar um modelo rigoroso e apelativo do SARS-CoV-2, a equipa do Visual Science teve em consideração os últimos resultados científicos de virologistas sobre a biologia do coronavírus. Além disso, aplicaram-se técnicas também utilizadas na investigação científica: “A Visual Science usou as mesmas técnicas que a bioinformática estrutural usa na investigação básica e no desenvolvimento de fármacos”, conta em comunicado Ivan Konstantinov, presidente executivo da Visual Science. “O modelo reflecte a actual compreensão da arquitectura do vírus.”

Neste modelo consegue ver-se ao pormenor a proteína da espícula que interage com os receptores de superfície das células humanas. Também é bem visível a membrana lipídica e a molécula de ARN (o genoma) do vírus. 

Este modelo do vírus já suscitou alguns comentários. “Estas imagens deslumbrantes melhorarão a nossa compreensão da partícula viral e, para os que não são cientistas, tornará este vírus mais palpável”, afirmou, também no comunicado, Vincent Racaniello, professor do Departamento de Microbiologia e Imunologia da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. “Grande trabalho a nível dos picos [no vírus] e das imagens [em geral]! Os picos têm tanta precisão quanto o conhecimento actual que temos deles”, considera por sua vez Jason S. McLellan, professor do Departamento de Biociências Moleculares da Universidade do Texas em Austin, também nos Estados Unidos.

Este modelo do SARS-CoV-2 faz parte do projecto Viral Park, que tem o objectivo de popularizar a investigação científica através da visualização dos vírus que mais afectam o mundo. No contexto deste projecto já se criaram modelos do VIH, do ébola, do papiloma humano, do Zika ou do H1N1.

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