Hub do Beato: três anos e meio depois começaram as obras de infra-estruturas

Esgotos, água, electricidade, gás, telecomunicações e uma nova rua. A parte principal das obras a cargo da Câmara de Lisboa arrancaram, mas em quase todos os edifícios ainda não há movimento.

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Rui Gaudêncio
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A inauguração do Hub Criativo do Beato já foi promessa adiada mais do que uma vez. Era para ter sido em 2018, depois em 2019, mas agora a Startup Lisboa estima que as obras do primeiro edifício estejam prontas “no segundo semestre” deste ano.

No recinto de 35 mil metros quadrados, onde funcionou a Manutenção Militar, retroescavadoras, camiões e operários começaram nos últimos dias as obras de infra-estruturas. As novas redes de água, esgotos, electricidade, gás, iluminação e zonas verdes deverão estar prontas até meados de 2020, de acordo com o cronograma divulgado esta segunda-feira pelo director da Startup Lisboa, Miguel Fontes, que chamou os jornalistas para fazer um ponto de situação do projecto.

Está tudo mais atrasado do que o inicialmente previsto. O maior edifício do recinto, com 11 mil metros quadrados, e que será gerido pela incubadora de startups Factory, foi o primeiro a entrar em obras e será o primeiro a ficar pronto, com ano e meio de atraso. Seguem-se os edifícios de serviços e restauração, entregues a uma empresa de nome Praça, e a reabilitação da antiga central eléctrica do complexo fabril, a cargo do Super Bock Group. As obras arrancam “nas próximas semanas”, garantiu José Mota Leal, gestor de projecto do hub, e devem estar prontas no fim do ano ou no início de 2021.

O edifício da antiga padaria, a ser ocupado pela própria Startup Lisboa, só lá para o fim de 2021 ficará pronto. Ficam a faltar obras no futuro museu da Manutenção Militar, a realizar pela EGEAC e nos quatro restantes edifícios para os quais já há interessados – embora ainda não se saiba quem são. Para uma terceira e última fase fica a construção de um parque de estacionamento com seis pisos (três à superfície e três subterrâneos) e de um novo edifício para atrair “uma grande tecnológica”, disse Miguel Fontes.

A cargo da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), uma empresa municipal para a realização de grandes empreitadas, as obras actualmente a decorrer incluem também o prolongamento da Rua da Manutenção até à Av. Infante D. Henrique, criando um novo acesso ao hub. Naquele local, a avenida será estreitada de três para duas vias de trânsito. Esta obra, diz Miguel Fontes, é a pensar nos futuros utilizadores do espaço mas também nos moradores do Beato, que, agora, “se quiserem apanhar um autocarro na Infante D. Henrique têm de dar uma volta imensa”.

“Não podíamos criar o hub de costas voltadas para a freguesia e para a cidade”, afirmou o director da Startup Lisboa, entidade a quem a autarquia entregou a gestão do projecto em 2016, depois de o Estado lhe ter cedido este vasto complexo militar. “Quisemos que isto fosse muito mais do que um espaço de trabalho, a ideia não é isto ser um office park.”

O custo de reabilitação deste recinto está agora estimado em 55 milhões de euros: cinco investidos pela Câmara de Lisboa e os restantes 50 pelas entidades que vierem a ocupar o hub, que são responsáveis pelas obras de cada espaço. Entre estas há entidades públicas, como a EGEAC. No seu orçamento para 2020, a câmara reservou 22 milhões de euros para o hub, verba que se justifica com a vontade de Fernando Medina de adquirir os terrenos e garantir a cedência da Ala Norte da Manutenção Militar.

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