A máfia somos nós

Vinte anos depois, rever os 86 episódios de Os Sopranos é ter uma imagem de conjunto de uma narrativa sobre a inevitabilidade da mudança e a resistência a essa mesma mudança: tudo muda para que tudo fique igual.

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Michael Gandolfini, o filho de James Gandolfini, interpretará Tony Soprano enquanto jovem DR

Há aquela célebre frase que diz que nunca se deve voltar ao sítio onde fomos felizes. Porquê, então, voltar, 20 anos depois, a Os Sopranos, a série que “inaugurou”, em 1999, a nova “idade de ouro” da televisão, cujo sucesso nos levou ao actual momento de peak TV onde há mais séries do que tempo para as ver? Talvez porque a criação de David Chase para a HBO sobre a família mafiosa da Nova Jérsia continue a ser um exemplo. Acabou quando tinha de acabar e resistiu à tentação das sequelas (embora vá haver, este ano, uma prequela em grande ecrã, The Many Saints of Newark, sobre Tony Soprano jovem). Lançou uma geração de showrunners e argumentistas (Matthew Weiner de Mad Men e Terence Winter de Boardwalk Empire ganharam aqui tarimba). Soube jogar com o estereótipo do mafioso americano sem se deixar afundar nele.

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