Pombos portugueses estão na Polónia em busca de medalhas

Depois de uma vitória no Campeonato Mundial de Columbofilia em 2018, em Taiwan, Portugal rumou à Polónia na esperança de trazer para casa mais medalhas nas olimpíadas desta modalidade.

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A equipa portuguesa de pombos-correio a competir na 36.ª Olimpíada Columbófila Federação Portuguesa de Columbofilia
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Pombos-correio são alimentados durante a viagem até à Polónia Federação Portuguesa de Columbofilia
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Juízes avaliam os pombos-correio durante a 36.ª Olimpíada Columbófila, na Polónia Federação Portuguesa de Columbofilia
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Um dos pombos da selecção portuguesa a competir na Polónia Federação Portuguesa de Columbofilia

A 36.ª Olimpíada Columbófila que se realiza em Poznan, na Polónia, até ao próximo domingo, conta com a participação de 30 pombos-correio portugueses, que estão a competir por medalhas nas classes olímpicas sport e standard

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Palmarés que serve de base à participação olímpica do pombo de velocidade de Mauro Aniceto FPC

Os "atletas", como lhes chama a Federação Portuguesa de Columbofilia (FPC), foram apurados durante a 46.ª Exposição Nacional e Pré-Olímpica, que decorreu entre 11 e 13 de Janeiro, em Viana do Castelo. Agora, os columbófilos esperam que os seus resultados nas provas que foram competindo ao longo de um ano sejam suficientes para saírem da Polónia vitoriosos.

Nestas olimpíadas, existem dois tipos de classificação: sport e standard. Na primeira, incluem-se oito categorias que dependem da distância percorrida, entre as quais velocidade (desde os 100 aos 400 quilómetros), meio-fundo (dos 300 aos 600 quilómetros), fundo (mais de 500 quilómetros), maratona (mais de 700 quilómetros) e a absoluta, uma categoria mais geral que tem em conta os outros resultados.

Já na classe standard, os pombos-correio (divididos entre machos e fêmeas) necessitam de preencher requisitos mínimos e, posteriormente, são também avaliados pela sua morfologia, penugem e beleza, de acordo com um "padrão ideal de pombo-correio", explica ao PÚBLICO Joaquim Lopes, director de serviços da FPC.

A maior esperança está no pombo de velocidade, do columbófilo Mauro Aniceto, da Associação Columbófila do Distrito de Lisboa, diz ao PÚBLICO a Federação Portuguesa de Columbofilia. "Os resultados colocam-no numa posição muito favorável para a conquista da medalha de ouro e do correspondente título de campeão olímpico", explica Joaquim Lopes. 

Quanto aos restantes pombos, embora tenham tido alguns resultados "interessantes" noutras categorias, como as de meio-fundo, fundo e absoluta, a classificação final nas olimpíadas permanece uma "incógnita". Ainda assim, a FPC garante, em comunicado, que "deposita a maior confiança em todos os ‘atletas’ e na obtenção de resultados que prestigiem os pombos e columbófilos nacionais além-fronteiras". 

Os 30 pombos portugueses chegaram a Poznan nesta quarta-feira. As classificações finais deverão ser divulgadas ao final do dia desta quinta-feira, com a cerimónia de entrega de prémios a decorrer no sábado.

Pombos portugueses em destaque além-fronteiras 

Portugal tem-se destacado nesta modalidade desportiva, com vários títulos internacionais. Em 2018, a equipa portuguesa ganhou o campeonato do mundo de Columbofilia, em Taiwan, nas três categorias em competição (individual, pombo-ás e países). 

Já nas Olimpíadas de 2017, em Bruxelas, Portugal conquistou uma medalha de prata na categoria de sport velocidade (com o pombo da equipa Campos da Flanders Collection, que compete nas provas do Grupo Columbófilo da Mealhada e pertence à Associação Columbófila do Distrito de Aveiro). A selecção portuguesa trouxe também para casa uma medalha de bronze, na classe de sport, categoria absoluta, com o pombo de Sílvio Vilar, a competir nas provas do Grupo Columbófilo da Gafanha, da colectividade da ACD Aveiro.

Segundo o mais recente recenseamento da FPC, existem em território português cerca de um milhão de pombos-correio (originários de 40 países) e nove mil associados, com maior preponderância na área litoral. 

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