EUA acusam Rússia de influenciar eleições intercalares de Novembro

Justiça norte-americana aponta o dedo a cidadã russa que geria orçamento superior a 35 milhões de dólares para difundir publicações através das redes sociais.

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Principal suspeita colaborou com um aliado próximo de Putin LUSA/ALEXEI DRUZHININ / SPUTNIK / KREMLIN POOL / POOL

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusaram esta sexta-feira cidadãos russos ao serviço de um aliado próximo do Presidente Vladimir Putin de lançarem uma elaborada campanha de desinformação com vista a influenciar o resultado das eleições intercalares norte-americanas de Novembro, noticia o New York Times. Um dos suspeitos, a cidadã russa Elena Alekseevna Khusyaynova, é alvo de queixa-crime. 

Khusyaynova trabalhava para Ievgueni Prigozhin, um oligarca russo formalmente acusado em Fevereiro de ter participado na campanha de desinformação relativa à campanha presidencial de 2016. Fundos geridos por Khusyaynova, indicam as autoridades norte-americanas, foram utilizados para comprar anúncios em redes sociais e para registar domínios web. A cidadã russa terá tido acesso a um orçamento superior a 35 milhões de dólares nos últimos dois anos.

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De acordo com os registos da suspeita, o objectivo da campanha em curso é explorar as divisões do eleitorado norte-americano em torno de temas quentes como a imigração, o direito à posse de armas, o sexismo ou o racismo. O público-alvo está tanto à esquerda como à direita. 

De acordo com o processo, a operação integra-se num projecto mais vasto que está em curso desde 2014 e que abrange, para além dos EUA, a Ucrânia e a União Europeia.

À margem do anúncio desta sexta-feira, um comunicado conjunto do director nacional dos serviços de informação, do Departamento de Segurança Interna, do FBI e de outras agências de segurança aponta igualmente o dedo à China e ao Irão, entre outros países, acusando-os de terem também em marcha operações para “minar a confiança nas instituições democráticas e influenciar a opinião pública e as decisões do Governo”.

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