Andreia Couto nega ter libertado documentação confidencial da Liga

Antiga responsável foi despedida por Pedro Proença, que alegou justa causa. A Bola garante que Judiciária está a investigar o caso.

Foto
DR

Andreia Couto, antiga responsável da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) - organismo no qual desempenhou funções de directora jurídica, directora executiva e presidente interina -, desmentiu esta quinta-feira ter sido despedida deste organismo por ter passado para o exterior "contratos e informação confidencial".

Na base deste desmentido está uma investigação do jornal A Bola, publicada esta quinta-feira. O diário desportivo revela que Andreia Couto estaria a ser investigada pela Polícia Judiciária pelo “acesso indevido e divulgação de informação confidencial”, acusações que estariam na base do seu despedimento do órgão que gere o futebol profissional português.

“Desminto categoricamente a notícia de hoje [quinta-feira] do jornal A Bola e que está a ser divulgada na comunicação social, de que enquanto funcionária da Liga Portuguesa de Futebol Profissional ‘terei passado contratos e informação confidencial para o exterior’, por ser absolutamente falsa”, afirmou em comunicado a jurista, irmã do antigo internacional português Fernando Couto.

Despedida por justa causa, no âmbito de um processo disciplinar que lhe foi movido pela LPFP, Andreia Couto foi ainda acusada de ter “desrespeitado” durante uma sessão de formação o actual presidente do organismo, Pedro Proença, e de ter “falsificado as declarações de amamentação do seu filho mais novo.”

A ex-dirigente nega todas as acusações e, numa carta enviada à LPFP, afirma não lhe reconhecer “legitimidade” para um “despedimento por justa causa”. Admite apenas “ter copiado determinados documentos para uma pen”, mas apenas para “poder responder com a prontidão exigida perante qualquer solicitação da LPFP.

“No relatório/decisão proferido no âmbito do processo disciplinar em nenhum lado se me imputa tais factos [passar documentação confidencial para o exterior] e até pode ler-se ‘ao contrário do que a trabalhadora tentou fazer crer, a arguente não insinua que aquela é responsável voluntária pela divulgação pública do ficheiros de LPFP”, adianta no mesmo comunicado.

Andreia Couto garante também desconhecer a existência de qualquer “participação crime” de que seja alvo. “Reafirmo que sempre cumpri com zelo, dedicação e profissionalismo todas as funções que ao longo de 16 anos me foram confiadas pela LPFP, sem qualquer reparo”, defende, adiantando ter já reagido judicialmente contra a decisão de despedimento.

“Lamento que esteja a ser vítima de uma campanha difamatória e persecutória e não deixarei de reagir contra os responsáveis pela propagação dessas falsas noticias que ferem a minha honra e bom nome.”

Sugerir correcção
Ler 1 comentários