Governo brasileiro ameaça prender organizadores da greve dos camionistas

Os camionistas reivindicam uma baixa no preço dos combustíveis.

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O Exército foi enviado para desimpedir as estradas UESLEI MARCELINO/Reuters

O Governo do Brasil anunciou no sábado à noite que vai deter alguns dos organizadores da greve de camionistas que paralisou o país e disse  que começaram a serem cobradas multas às transportadoras que prosseguem com os protestos.

O ministro da secretaria do Governo, Carlos Marun, disse que investigações da Polícia Federal permitiram estabelecer bases sólidas para pedir a prisão de pessoas que continuam a greve, que interrompeu o abastecimento de bens alimentares e combustíveis e afectou a economai do Brasil desde segunda-feira da semana passada.

As autoridades esperam "a manifestação da Justiça" para tornar fazer as detenções, disse o ministro numa conferência de imprensa depois de uma reunião do gabinete de crise convocado pelo Presidente do Brasil, Michel Temer. Na reunião foi feita uma avaliação do estado das estradas, sendo que durante vários dias as mais usadas nas rotas dos camionistas foram bloqueadas por estes. 

Quase 90% do abastecimento de alimentos e combustíveis do país é feito por transporte rodoviário.

Os camionistas reivindicam uma baixa no preço dos combustíveis. Os bloqueios de estradas continuam em algumas zonas apesar de Governo e alguns sindicatos (mas não os maiores que representa os camionistas) terem acordada numa suspensão da greve de 15 dias em troca de um possível "imposto zero" para o diesel e outras concessões.

Marun disse que o Governo começou já a aplicar multas de cem mil reais por hora (23 mil euros) às empresas de transporte que não respeitem o acordo para desbloquear as estradas. Os camionistas que não retirarem os seus camiões são multados no equivalente a 2340 euros.

O ministro assinalou que as primeiras medidas do Governo, que anunciou a intervenção das forças federais para desbloquear estradas, garantiram o abastecimento de combustíveis a várias centrais termoelétricas no Norte do país, assim como nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

 

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