Naomi Campbell apela à Vogue que lance edição africana

Indústria da moda tem sido criticada pela falta de diversidade.

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Danny Moloshok/Reuters

A top model  Naomi Campbell considera que a Vogue deve lançar uma edição africana como forma de reconhecer a contribuição daquele continente para a indústria de moda global, que tem sido criticada pela falta de diversidade.

As declarações foram feitas durante a passagem da modelo pela capital comercial da Nigéria, Lagos, onde marcou presença na Arise Fashion Week. "Deveria haver uma Vogue África", declara numa entrevista à Reuters. "Temos a Vogue Arábia – [a África] é a próxima evolução. Tem de ser", defende, referindo-se à edição da revista destinada ao público do Médio Oriente e lançada no ano passado, que teve Gigi Hadid na capa da primeira edição.

"A África nunca teve a oportunidade de estar lá, com os seus tecidos, materiais e designers com uma aceitação numa plataforma global... Não deveria ser assim", lamenta Campbell, nascida em Inglaterra. A Condé Nast International, que publica a Vogue, não comentou ainda a proposta.

Nos últimos anos, a indústria da moda tem sido alvo de crítica porque a maioria das modelos tem a tez branca. "As pessoas já perceberam que não é a cor da pele que define se se está apto para fazer um trabalho ou não", diz a modelo, acrescentando que reconhece que há sinais de mudança na indústria e que esta está mais diversificada, por exemplo, com a nomeação de Edward Enninful para editor-chefe da Vogue britânica, há um do ano.

Enninful, nascido no Gana, é o primeiro editor negro na história de 100 anos da publicação e o primeiro homem a assumir aquele papel. Na semana passada, a marca Louis Vuitton, da LVMH, a maior geradora de receitas do grupo francês de artigos de luxo, anunciou a contratação do designer norte-americano de origem ganesa Virgil Abloh.

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