George Lucas vai ter um museu dedicado à arte da narrativa

O Lucas Museum of Narrative Art foi idealizado há uma década. A primeira pedra foi lançada em Março e o final das obras está previsto para 2021.

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A ideia é traçar o percurso da arte da narrativa, no cinema, na BD, na pintura, ilustração, fotografia, animação e arte digital REUTERS/Stringer

Há mais de uma década que George Lucas e Mellody Hobson, a sua esposa que é especialista em finanças, estão a planear um museu inteiramente dedicado à arte da narrativa. Mesmo sendo eles a financiar a empreitada, ainda não tinham conseguido que tal acontecesse. Primeiro, o museu iria ter a sede em São Francisco, cidade ao pé da qual o Rancho Skywalker, a casa de Lucas, está situado. Mas protestos impediram que tal acontecesse. Depois iria ser em Chicago, a cidade natal de Hobson. Também não se concretizou. Acabou por ficar na zona de sul de Los Angeles. Mais concretamente, em Exposition Park, numa área que já foi um parque de estacionamento. Edifício futurista, que poderia perfeitamente ser uma nave espacial, terá quase 30 mil metros quadrados e cinco pisos, foi projectado pelo arquitecto chinês Ma Yansong. A empreitada inclui também uma renovação do espaço verde à volta.

No site oficial do museu explica-se que o projecto empregará 1500 pessoas durante a construção e gerará 350 postos de trabalho fixos, custará à volta de mil milhões de dólares – 813 milhões de euros – e sublinha-se que zero desse dinheiro virá dos contribuintes norte-americanos. Recorde-se que, em 2012, Lucas vendeu a Lucasfilm, a produtora por ele fundada que é responsável por Star Wars e Indiana Jones, à Disney por quatro mil milhões de doláres – 3250 milhões de euros.

Também segundo o site oficial, a ideia é traçar o percurso da arte da narrativa e de tudo o que seja contar histórias de forma visual, focando-se não só no cinema, mas também em BD, pintura, ilustração, fotografia, animação e arte digital. Sem distinções entre alta e baixa cultura, o objectivo é mostrar a arte da narrativa através de duas perspectivas: a do artista e a do espectador, como se faz e como é recebida.

O acervo contará com mais de dez mil peças de arte da colecção do casal, com obras de Pierre-Auguste Renoir, Winslow Homer, Norman Rockwell, N.C. Wyeth, Edgar Degas, ou Maxfield Parrish e ainda storyboards, rascunhos, guarda-roupa e cenários de filmes. Além disso, haverá duas salas de cinema com programação diária, entre clássicos históricos e filmes mais recentes, palestras e um serviço educativo. 

 

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