Selfie com um guerreiro de terracota pode valer "punição severa"

China pede castigo exemplar para homem de 24 anos que acedeu a uma zona interdita e acabou por partir o polegar de uma estátua emprestada aos EUA.

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O exército de terracota foi descoberto em 1974 Reuters/NICKY LOH
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O exército de terracota foi descoberto em 1974 Reuters/MOLLY RILEY
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As autoridades chinesas exigiram uma “punição severa” para um homem que terá, alegadamente, roubado o polegar de uma estátua de terracota com mais de dois mil anos, exposta num museu norte-americano. O turista em causa decidiu tirar uma selfie ao lado do guerreiro, acabando por quebrar um dos polegares de uma das dez estátuas emprestadas ao Instituto Franklin, na Filadélfia. Os guerreiros de terracota e são considerados umas das mais importantes descobertas arqueológicas chinesas.

O episódio aconteceu a 21 de Dezembro de 2017, quando Michael Rohana, de 24 anos, foi até uma zona interdita da exposição naquela instituição. Rohana usou o telemóvel como lanterna e quando se aproximou de uma das estátuas decidiu registar o momento, detalha a agência de notícias estatal chinesa, Xinhua, com base nas informações registadas pelo FBI.

O visitante acabou por quebrar um dos dedos do guerreiro, colocou-o no bolso e abandonou o local. A 8 de Janeiro de 2018, 18 dias depois, os funcionários do museu deram pela falta do polegar e entregaram o caso às autoridades norte-americanas. A investigação do FBI acabou por conduzir até Rohana, que foi considerado culpado de roubo e ocultação de uma obra de arte. Foi libertado sob fiança.

Esta segunda-feira, Wu Haiyun, director do Centro de Promoção do Património Cultural Shaanxi – a organização não-governamental que negociou o empréstimo das estátuas com a China –, “condenou fortemente” o Instituto Franklin por “não terem tido cuidado” com o importante património chinês.

Wu Haiyun pediu aos EUA que “puna severamente o criminoso”. O Centro de Promoção do Património Cultural Shaanxi irá enviar dois especialistas para os Estados Unidos, para reparar a estátua com o polegar agora recuperado. Haiyun avisa ainda que a organização não-governamental irá reclamar uma compensação pelo episódio, conta a BBC.

As estátuas fazem parte de espólio mais vasto, um exército de 8000 guerreiros em tamanho real, que compõem o Exército de Terracota. Foram construídas durante a dinastia do primeiro imperador chinês, Qin Shi Huang, no ano 210 a.C. e enterrados junto ao mausoléu do imperador, para que o protegessem após a morte. Foram descobertos em 1974, por um grupo de agricultores chineses locais.

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