Berlinale recusa mudar a cor da passadeira por causa do assédio

Mais de 21 mil pessoas assinaram uma petição com o pedido de substituir o vermelho pelo preto na passadeira.

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LUSA/OMER MESSINGER

Os organizadores do Festival Internacional de Cinema de Berlim recusaram, na quarta-feira, substituir a passadeira vermelha por uma preta, como símbolo de apoio à campanha contra o assédio sexual na indústria cinematográfica.

Depois da cerimónia de entrega dos prémios Globos de Ouro, em Janeiro, em que as estrelas de cinema se vestiram de negro; agora a solidariedade com o movimento #MeToo seria mostrada na passadeira, mas o director da Berlinale, Dieter Kosslick, explicou que compreende as razões da campanha, mas rejeita este símbolo e, em vez disso, o festival irá debater.

"Gostaríamos de usar as nossas actividades para aprofundar o debate #MeToo, [isso é mais] do que um tapete permitiria, por isso não planeamos colocar um tapete preto na Berlinale", declarou.

Recorde-se que alguns filmes foram retirados da programação devido às acusações de alegado abuso sexual perpretado por pessoas envolvidas na produção. O festival vai ainda promover espaços de debate e de aconselhamento.

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