Cristas insta primeiro-ministro a dizer que apoios chegaram a Pedrógão

A líder do CDS interpelou o primeiro-ministro no dia em que ele vai reunir-se com o Presidente da República na região afectada pelo incêndio de Junho

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A líder do CDS, candidata à câmara de Lisboa, esteve em campanha no bairro de Marvila LUSA/MÁRIO CRUZ

A presidente do CDS-PP afirmou hoje que os apoios disponibilizados às famílias das vítimas de Pedrogão Grande não estão a chegar ao terreno e instou o primeiro-ministro a revelar que ajudas foram já canalizadas para a zona.

"Dois meses depois, aquilo que espero é que o senhor primeiro-ministro possa fazer um retrato daquilo que se está a passar e dos apoios que já estão a chegar efectivamente às pessoas e os apoios de que as pessoas carecem", defendeu a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, aos jornalistas, durante uma visita a uma instituição social lisboeta enquanto candidata à Câmara da capital.

De acordo com a líder centrista, continua-se "a dizer que não chega o apoio financeiro para aquilo que é necessário", dois meses após o incêndio no qual morreram, pelo menos, 64 pessoas, em Pedrogão Grande, no concelho de Castanheira de Pera, que será hoje visitado pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro.

"Vamos vendo as pessoas a mobilizarem-se, o país todo a mobilizar-se solidariamente, os fundos a serem disponibilizados, a União Europeia também está a disponibilizar fundos, mas, no terreno, a mensagem que ouvimos é ‘ainda não chegou cá nada'", declarou.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de Junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado, pelo menos, 64 mortos e mais de 200 feridos. Ambos foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afectado aproximadamente 500 imóveis, dos quais mais de 200 eram casas de primeira habitação. Os prejuízos directos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela. Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas que consumiram 53 mil hectares de floresta.

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