Loures corta a fita a três quilómetros de ciclovia e prepara as obras para mais seis

É apresentado este domingo o projecto de cinco milhões de euros para construção de passadiços cicláveis ao longo da margem ribeirinha de Loures.

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pbc pedro cunha

São as festas do concelho, por isso este é um fim-de-semana de inaugurações em Loures.

A autarquia abre oficialmente este sábado, o percurso ciclável entre Moscavide, Portela e Sacavém – conhecido como a Via da Portela. A ciclovia de 2,6 quilómetros vai dar continuação ao percurso já existente na Avenida Estado da Índia, em Sacavém.

O objectivo, diz o autarca, Bernardino Soares (CDU), é ligar a população aos transportes públicos: ao metro de Lisboa em Moscavide, à Carris e ao Rodinhas, o serviço de miniautocarros da Rodoviária de Lisboa.

Levar bicicletas no metro e nos Rodinhas já é possível. Novidade é o acordo agora feito com a Rodoviária de Lisboa, a principal empresa de transportes a operar em Loures, para permitir aos utentes levar a bicicleta nos autocarros.

O percurso agora inaugurado está pronto há “algumas semanas” e custou à autarquia 200 mil euros. A viagem faz-se em 10 ou 15 minutos, refere Bernardino Soares, e serve três objectivos: fazer o pequeno percurso por lazer, aceder de bicicleta às zonas comerciais da Portela e Sacavém ou combinar a viagem sobre rodas com os transportes públicos. Junto ao metro de Moscavide, a autarquia prepara-se para instalar estações para prender as bicicletas.

“Esta obra é a primeira de um plano que pretende criar uma rede ciclável que chegue aos principais pontos do concelho”, adiantou o presidente da câmara. A autarquia está a ultimar a candidatura a fundos comunitários que, caso sejam aceites, vão representar cerca de metade do investimento previsto para os próximos anos. “O plano é continuar a desenvolver a rede como alternativa ao transporte individual. A velocidade [da obra], logo veremos”, acrescentou o autarca comunista.

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No sábado, é ainda inaugurada a primeira fase do Parque Urbano da Encosta de Santo António dos Cavaleiros, junto à igreja e centro de saúde desta freguesia. A construção do parque, com zonas verdes e de merendas, representou um investimento municipal de 130 mil euros.

Cinco milhões de euros para zona ribeirinha

No domingo, tempo para inaugurar um pequeno troço da via pedonal e ciclável que vai ligar Vila Franca de Xira a Lisboa. Para já corta-se a fita aos 700 metros que vai permitir pedalar da estação de comboios de Santa Iria até ao pontão na margem do rio Tejo. Custou 160 mil euros.

Depois, ainda sem data prevista, avança a obra de 6,2 quilómetros ao longo da marginal até ao Rio Trancão, na fronteira com Lisboa. Esta última obra faz parte do plano, já anunciado, de criação de uma via de 44,5 quilómetros cicláveis que ligue, à beira rio, os concelhos de Vila Franca, Loures e Lisboa.

Os 6,2 quilómetros de via ciclável dentro do concelho de Loures vão ser feitos em madeira, acima do nível da água do mar, conforme o projecto a apresentar este domingo. Os passadiços foram a solução adoptada pela autarquia, para “não interferir com o choupal” existente na margem do rio. O projecto foi apresentado ao ministério do Ambiente, garante o autarca de Loures, e espera aprovação desta tutela. O orçamento estimado é de cinco milhões de euros.

Esta obra, sem data para estar concluída, tem “especial importância”, não só por ligar o concelho aos municípios vizinhos, como por permitir “o usufruto dos ecossistemas à beira rio e permitir à população retomar o contacto com o Tejo”. Bernardino Soares advoga que o “acesso à zona ribeirinha está vedado às pessoas há demasiado tempo”.

Este percurso vai incluir, em Loures, dois acessos ao rio: em Santa Iria da Azoia, agora inaugurado, e na Bobadela, em Sacavém.

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