FC Porto mantém a perseguição apertada ao líder depois da ida a Chaves

André André descansou os “dragões” que venceram em Trás-os-Montes. Maxi, expulso, será baixa na Madeira frente ao Marítimo.

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Soares marcou o primeiro golo do FC Porto LUSA/ESTELA SILVA

O FC Porto passou incólume na exigente deslocação a Chaves, neste sábado, vencendo o Desportivo com golos de Soares (52’) e André André (72’) e mantendo intacta a esperança na discussão do campeonato quando ficam a faltar três jornadas (os “dragões” precisam recuperar uma desvantagem de três pontos para o Benfica, estando agora só nove em disputa).

Sem Brahimi e Danilo, Nuno Espírito Santo estava obrigado a alterar a estrutura da equipa. Mas o treinador portista foi mais longe e prescindiu de Óliver Torres e André Silva, na tentativa de inventar espaços num jogo que os transmontanos pretendiam mais cerrado e compacto, à espera das transições para Perdigão e Fábio Martins.

O FC Porto opôs-se a esta ideia e não autorizou as investidas flavienses, mesmo que no futebol que construía não se vislumbrasse a genialidade de Jota, de Corona ou mesmo da surpresa Otávio, que emergiu como uma espécie de “guru” do jogo portista.

Aliado ao forte vento que tratava de alterar trajectórias, apelando ao improviso, Soares acabaria por agitar o jogo com um remate que poderia ter emprestado outro tipo de vertigem à noite do “dragão”.

Mas António Filipe dizia presente, mostrando-se inspirado em mais dois momentos antes mesmo do descanso, quando o FC Porto tentou explorar o remate de Rúben Neves num par de livres directos.

O FC Porto acabaria, contudo, por quebrar a resistência flaviense, obtendo o golo que lhe permitiu seguir no encalço do líder numa recarga de Soares. O brasileiro voltou aos golos, beneficiando da insistência de André André — um dos mais empreendedores e inconformados — com duas recuperações na transição defensiva e um remate pronto, que António Filipe não segurou.

O “dragão” deixava de correr sobre brasas para assumir um jogo de posse, permitindo que Alex Telles — até então responsável por dar largura ao jogo — recuperasse a posição no corredor.

Os bancos movimentavam-se, com Ricardo Soares a tentar libertar-se do colete-de-forças e Nuno Espírito Santo a rectificar os mecanismos para dar maior equilíbrio à equipa. Alterações que o golo de André André matou, deixando o FC Porto perfeitamente à vontade para somar os três pontos, ainda que, no último minuto do jogo, uma entrada dura de Maxi Pereira o tenha deixado de fora da deslocação à Madeira, devido a expulsão.

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