Governo espera 10 milhões de pessoas em Fátima até final do ano

Número recorde de visitantes no ano em que o Papa vai a Fátima.

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Em 2015 e 2016 o número de visitantes situou-se entre os seis e os sete milhões Nelson Garrido

O Governo espera a passagem de mais de dez milhões de pessoas por Fátima ao longo de 2017, afirmou hoje o ministro-adjunto, Eduardo Cabrita.

"A expectativa que temos este ano é que se atinja algo que supere pela primeira vez os dez milhões [de visitantes], dado o ano muito especial que estamos a viver", frisou Eduardo Cabrita, numa alusão à visita do Papa Francisco e à comemoração do centenário das "aparições".

Ao intervir, no município de Ourém, na sessão de assinatura de um contrato-programa de apoio financeiro a obras relacionadas com as comemorações em Fátima, Eduardo Cabrita disse que em 2015 e 2016 o número de visitantes no santuário da Cova da Iria situou-se entre os seis e os sete milhões, cifra que o executivo espera ver ultrapassada, num ano cujo "momento alto" é a vista do Papa, a 12 e 13 de maio.

Eduardo Cabrita sustentou, ainda, que além da dimensão apostólica da visita papal, a vinda de Francisco tem uma dimensão nacional "da qual o Governo e a Câmara de Ourém não se podem alhear" e uma dimensão turística, alargada à comemoração do centenário das "aparições".

"Queremos que quem visite Fátima conheça Portugal na sua dimensão mais ampla. Não fique só por Fátima e volte cá", frisou o ministro.

Sobre o contrato assinado nesta quinta-feira, Eduardo Cabrita afirmou ser um "apoio público parcelar" a operações de requalificação urbana promovidas pelo município de Ourém que resultam num financiamento de 60% (824 mil euros) num total de investimento elegível de cerca de 1,3 milhões.

"Grande parte destas infra-estruturas estão já em execução, outras estarão concluídas ao longo deste ano", disse o ministro, adiantando que as intervenções em causa "facilitam a mobilidade e acessibilidade" a Fátima.

No final, em declarações aos jornalistas, Eduardo Cabrita disse que o "regime de excepção" criado pelo Governo se aplica, para além da administração central, apenas ao município de Ourém, recusando que possa ser replicado noutras autarquias, como Leiria, que também o reclamou.

 

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