O 25 de Abril vai a Paris (mas só em Maio)

Festival Chantiers d'Europe recebe exposição do Museu do Aljube e espectáculos de Sérgio Godinho, Vera Mantero, Marco da Silva Ferreira e Pablo Fidalgo Lareo.

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Brother, a mais recente criação de Marco da Silva Ferreira, chega a Paris a 13 de Maio PAULO PIMENTA

Uma exposição para recordar os valores da revolução de Abril de 1974 abrirá, a 2 de Maio, mais uma edição do festival Chantiers d'Europe, organizado pelo Théâtre de la Ville, em Paris.

A oitava temporada do festival, programado por Emmanuel Demarcy-Mota, director do Théâtre de la Ville, contará com artistas de Portugal, Espanha, Grécia, Croácia, Reino Unido e Países Baixos, que apresentarão espectáculos recentes até ao final de Maio.

A abrir, o Chantiers d'Europe inaugurará, no Espace Cardin, a exposição Revolução e democracia: A memória dos cravos, produzida pelo Museu do Aljube (Lisboa) e que inclui cartazes do período revolucionário português, fotografias, testemunhos e a exibição de três filmes. Na sessão de abertura será prestada homenagem a Mário Soares.

O festival Chantiers d'Europe estender-se-á até 24 de Maio com propostas culturais que incluem teatro, dança e música.

Já no dia 4, Vera Mantero apresenta a peça O limpo e o sujo, que a coreógrafa vai interpretar com Elizabete Francisca e Francisco Rolo, e; no dia 6 será apresentado aquele que o Ípsilon considerou o melhor espectáculo de teatro de 2015, Habrás de ir a la guerra que empieza hoy, de Pablo Fidalgo Lareo, protagonizada pelo actor português Cláúdio da Silva.

A 13 de Maio, o coreógrafo Marco da Silva Ferreira leva a Paris a sua mais recente criação, Brother, estreada em Janeiro deste ano no Porto.

O Chantiers d'Europe terá ainda duas propostas artísticas para os mais novos: o "thriller culinário" Sopa Nuvem, da Companhia Caótica, e Do bosque para o mundo, de Miguel Fragata e Inês Barahona, com a crise do refugiados como pano de fundo.

A programação dedicada a Portugal termina no dia 20 de Maio com um espectáculo de voz e piano com Sérgio Godinho, o pianista Filipe Raposo e a participação especial da rapper Capicua.

Nos últimos anos, Portugal tem estado consecutivamente em destaque na programação do Chantiers d'Europe, contribuindo para uma internacionalização dos artistas portugueses, e muitos dos espectáculos têm sido concebidos em parceria entre o Théâtre de la Ville e estruturas e organismos culturais portugueses.     

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