E uma comédia alemã está no top das revistas Sight&Sound e Cahiers du Cinéma

Toni Erdmann, da realizadora Maren Ade, em listas relevantes dos filmes do ano.

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Toni Erdmann, de Maren Ade, evidencia-se nas escolhas cinematográficas do ano

Já aqui dissemos a partir do Festival de Cannes que Toni Erdmann é um filme art-house com coração mainstream – e isso não é obrigatoriamente um elogio -, e é ele que está à cabeça das primeiras listas relevantes de filmes do ano. A comédia da alemã Maren Ade está no topo das listas das revistas Sight&Sound e Cahiers du Cinéma, duas das mais influentes publicações especializadas europeias. Esta longa-metragem de uma das realizadoras da “escola de Berlim” conta a história de um pai que quer aproximar-se da vida bem-sucedida da sua filha adulta.

Na lista britânica, a revista saúda a surpresa de anunciar uma comédia alemã como vencedora e também a diversidade. Em segundo lugar surge Moonlight, do afro-americano Barry Jenkins, sobre o drama do crescimento de um gay negro, com a Sight&Sound a escrever que este é também um ano com filmes dirigidos por mulheres a fazerem a maioria entre os cinco primeiros lugares. Depois de Toni Erdmann e de Moonlight, surge em terceiro lugar Elle, de Paul Verhoeven, que pode ser visto como um interregno nesta lógica das mulheres (embora nós aqui consideremos que o filme também é de Isabelle Huppert), seguido de Certain Women, de Kelly Reichardt (EUA), e de American Honey, de Andrea Arnold (EUA, UK).

Na lista do top-5 dos Cahiers du Cinéma, aparece Elle em segundo lugar, seguido de The Neon Demon, realizado por Nicolas Winding Refn, Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, e Ma Loute, de Bruno Dumont.

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