Centeno defende que a UE deve discutir alívio da dívida grega

Em entrevista ao jornal alemão Bild, o ministro das Finanças afirma que Bruxelas deve avançar para a negociação, mesmo sem a aprovação do Fundo Monetário Internacional.

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Centeno criticou ainda o Pacto de Estabilidade e Crescimento AFP/EMMANUEL DUNAND

O ministro das Finanças, Mário Centeno, defende que a União Europeia deveria discutir o alívio da dívida grega e prosseguir, mesmo sem o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Temos de começar esta discussão", diz esta terça-feira o governante português, em entrevista ao jornal alemão Bild, em declarações reproduzidas pela Reuters.

Os ministros das Finanças encontram-se em Dezembro e Centeno acredita que a discussão da dívida pública deverá ser um dos temas em cima da mesa, uma opção rejeitada pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble. O homólogo alemão de Centeno acredita que um alívio da dívida a Atenas irá enfraquecer esforços para implementar futuras reformas.

"A união monetária europeia tem instituições muito fortes. Conseguimos lidar com a maioria dos problemas sozinhos", afirma Centeno. 

O ministro português afirma ainda que o Pacto de Estabilidade e Crescimento deveria ser revisto e substituído. Mário Centeno sublinhou que as actuais regras da dívida têm "muito espaço para melhorar".

Já no caso português, Centeno disse a 8 de Novembro que “reestruturação da dívida não está e não vai estar em cima da mesa”. O presidente do Eurogrupo tinha dito que o tema “não foi discutido, nem irá ser discutido”.

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