Do Japão a Portugal, o Close-Up viaja pelo cinema contemporâneo

Quatro dias com uma série de sessões apresentadas por realizadores, críticos e académicos convidados

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Gipsofila de Margarida Leitão é um dos filmes do Close-Up

Fecha-se a programação da 1ª edição – ou do primeiro “episódio”, para citar a organização – do Close-Up, Observatório de Cinema de Vila Nova de Famalicão. A ter lugar entre 27 e 30 de Outubro na Casa das Artes, o evento comissariado pelo programador Vítor Ribeiro propõe ao longo de quatro dias uma série de sessões apresentadas por realizadores, críticos e académicos convidados.

Dividido por uma série de arcos temáticos, o Close-Up promete desde já prosseguir posteriormente alguns dos temas abordados nesta primeira edição, como os olhares cinematográficos sobre o Holocausto. Com a presença da jornalista Clara Ferreira Alves, Elena Piatok, directora da mostra Judaica, e do realizador Sérgio Tréfaut, serão exibidos Filho de Saul de Lászlo Némes, Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta, o documentário de Vanessa Lapa O Homem Decente e Treblinka, o mais recente filme de Tréfaut. Uma outra vertente explora o cinema japonês, cruzando Yasujiro Ozu (com a exibição de A Flor do Equinócio e Bom Dia) e as animações do mestre Isao Takahata (A Grande Batalha dos Guaxinins e Memórias de Ontem), com apresentação dos investigadores e críticos David Pinho Barros e Luís Mendonça. 

De especial interesse será o olhar para uma série de documentários de autor portugueses, com a exibição de Campo de Flamingos sem Flamingos de André Príncipe, In Media Res de Luciana Fina, Gipsofila de Margarida Leitão e Rio Corgo de Maya Kosa e Sérgio da Costa; Nuno Sena, director do IndieLisboa, e o editor do Ípsilon, Vasco Câmara, acompanham os realizadores na apresentação dos filmes. O Close-Up receberá ainda Manuel Mozos, João Botelho e o escritor Pedro Mexia para debater os seus filmes sobre João Bénard da Costa e Manoel de Oliveira, bem como o “filme póstumo” de Oliveira Visita ou Memórias e Confissões; fará um mini-ciclo dedicado ao brasileiro Gabriel Mascaro, autor de Ventos de Agosto e Boi Néon; e apresentará O Ornitólogo de João Pedro Rodrigues, numa sessão em presença do realizador. A abertura, a 27, terá lugar com um filme-concerto – Marinheiro de Água Doce, de Buster Keaton, musicado por Bruno Pernadas.

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