Ataque suicida mata cinco pessoas no Líbano

Pelo menos cinco pessoas morreram e 19 ficaram feridas. O ataque ainda não foi reivindicado.

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Os ataques aconteceram na cidade de Qaa, maioritariamente católica. AFP/STRINGER

Pelo menos cinco pessoas foram mortas e 19 ficaram feridas esta segunda-feira no Nordeste do Líbano, na sequência de múltiplos ataques suicidas na cidade maioritariamente católica Qaa, na região de Bekaa – que fica perto da fronteira com a Síria. 

A AFP revelou que quatro das vítimas são militares, confirmou o exército do Líbano. Georges Kettaneh, secretário-geral da Cruz Vermelha libanesa avançou com o número de mortos – “pelo menos oito pessoas, das quais três são bombistas, morreram”.

Testemunhas disseram ainda que o primeiro bombista foi confrontado por um residente antes de se fazer explodir à porta de uma casa, segundo a imprensa libanesa. Os outros bombistas seguiram-se. 

“Qaa é a entrada para o resto do Líbano, e aqui travámos um plano para uma explosão maior”, explicou Bachir Matar, presidente da câmara da cidade, à AFP. “Perseguimos o quarto atacante e disparámos sobre ele, ele fez-se explodir”, acrescentou.

Segundo a BBC, quatro bombistas suicidas atacaram durante a madrugada e não ficou claro qual era o alvo do ataque. A Al-Manar TV, que pertence à organização xiita Hezbollah, culpou os jihadistas do Estado Islâmico pelos ataques. Este atentado ainda não foi reivindicado, mas o Estado Islâmico já fez ataques semelhantes no LíbanoSegundo a Reuters, as autoridades também atribuiram a autoria ao grupo terrorista Estado Islâmico.

Depois do Estado Islâmico ter apelado aos seus seguidores para realizarem ataques durante o mês do Ramadão, os serviços de segurança do Líbano estavam já em estado de alerta durante as últimas semanas. A Reuters avançou que o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, alertou na sexta-feira para uma possível ameaça dos jihadistas na fronteira do Líbano com a Síria.

De acordo com a AFP, o primeiro-ministro libanês Tammam Salam disse que esta operação revela “os planos funestos contra o Líbano e os riscos que ameaçam o país”. O chefe do exército, o general Jean Kahwaji, prestou homenagem a Qaa e às cidades da fronteira que “representam a primeira linha de defesa do Líbano face ao terrorismo”.

A AFP diz ainda que a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Sigrid Kaag, condenou o ataque e apelou à comunidade internacional para "melhorar as capacidades do exército libanês face aos desafios de segurança, incluindo os ataques terroristas". Este ataque bombista em Qaa aconteceu horas depois do Estado Islâmico reivindicar o atentado da passada terça-feira na Jordânia, que causou sete mortos e 13 feridos. 

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