O calendário tem, logo ao virar da esquina, adversários com a magnitude do Benfica e do Borussia Dortmund, mas José Peseiro não quer antecipar-se: para já, só importa pensar no Arouca. O FC Porto recebe hoje (19h15, SP-TV1) a equipa orientada por Lito Vidigal e só a vitória interessa para não atrasar-se em relação aos “encarnados”, que golearam o Belenenses (0-5) na sexta-feira e subiram provisoriamente à liderança da I Liga. “Não temos temor com os jogos, temos é responsabilidades e estamos sempre confiantes para qualquer desafio, preparando a equipa para o que é essencial e determinante”, vincou José Peseiro.

Há apenas cinco encontros no histórico entre FC Porto e Arouca e todos terminaram com vitória dos “dragões” (16 golos marcados e três sofridos). Mas há razões para os “azuis e brancos” estarem alerta: não só os arouquenses bateram o campeão Benfica logo na segunda jornada do campeonato, como estão entre as equipas que menos perdem fora de casa. O conjunto de Lito Vidigal só foi vencido duas vezes a jogar como visitante (em Vila do Conde e na Luz) – mas também conquistaram apenas um triunfo fora (em Moreira da Cónegos, logo na primeira jornada), tendo somado sete empates.

Peseiro lembrou isso mesmo, admitindo que o Arouca se apresente no Dragão a jogar “fechado, reduzindo espaços e envolvendo-se no processo defensivo com todos os jogadores”. Mas, garantiu o técnico que há duas semanas e meia substituiu Julen Lopetegui, o FC Porto está “num momento muito bom e pronto para encarar qualquer desafio”. Por essa razão, Peseiro rejeitou fazer poupanças a pensar nos encontros na Luz com o Benfica, da 22.ª jornada, ou na Alemanha com o Borussia, relativo à primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa. “O que me interessa é amanhã [hoje] estar bem para vencer o Arouca. Sobre o resto a seu tempo falaremos”, sublinhou. As únicas mudanças na equipa serão forçadas pelos castigos de Marcano e Maxi Pereira.

O Arouca está há um mês sem vencer no campeonato, mas o treinador Lito Vidigal prometeu uma equipa corajosa no Dragão: “É importante não perdermos a identidade, sabermos o que é que somos, sabendo que as possibilidades de vitória são mínimas, mas sermos corajosos, ambiciosos e termos o espírito de rebeldia que também é importante para se poder ganhar estes jogos. O FC Porto tem obrigatoriamente de ganhar para continuar com possibilidades de ganhar o título”, apontou. E o técnico rejeitou remeter-se à defesa para travar o FC Porto. “É uma equipa forte, candidata ao título, não temos sequer pontos de comparação. Se tivermos de jogar mais subidos jogamos, se tivermos de baixar as linhas, baixamos. No fundo, vamos jogar com aquilo que os nossos jogadores puderem fazer e o que a equipa do FC Porto nos obrigar a fazer. Não treinamos para jogar com o bloco baixo”, garantiu.