Trabalhadores dos Tivoli pedem ao tribunal conclusão do processo de recuperação

A petição entregue ao Tribunal da Relação foi assinada por 700 trabalhadores.

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Grupo Tivoli tem cerca de 1200 colaboradores Mário Augusto Carneiro

Um grupo de trabalhadores da Tivoli Hotels & Resorts entregou esta quarta-feira uma petição no Tribunal da Relação de Lisboa a pedir a “urgente” conclusão dos Processos Especiais de Revitalização (PER) em curso desde finais do ano passado.

O documento, datado de 21 de Setembro, foi assinado por 700 dos quase 1.200 trabalhadores do Tivoli, que manifestam desta forma a sua preocupação com o futuro da empresa, caso aquele plano não avance ou demore “demasiado tempo” a concretizar-se.

“Preocupa-nos o tempo que demora a tomada de uma decisão, há investidores interessados em investir que se poderão perder devido à morosidade do processo”, contou à Lusa, à porta do tribunal, um dos signatários da petição, António Leitão, trabalhador do Tivoli há 45 anos.

António Leitão explicou que os trabalhadores estão em sintonia com a administração, tendo o seu apoio até nesta acção de luta, e lembrou que as dificuldades que o Tivoli Hotels & Resorts Tivoli enfrenta se explicam por pertencer ao Grupo Espírito Santo, porque “clientes no Tivoli não faltam”.

Na petição, a que a Lusa teve acesso, os trabalhadores pedem ao juiz uma “resolução rápida” do dossiê Tivoli e lembram que há mais de 1100 famílias directamente dependentes deste grupo hoteleiro, que tem mais de 80 anos de história em Portugal.

O plano de recuperação dos Hotéis Tivoli, que foi aprovado por mais de 99% dos credores, prevê a continuidade da marca.

 

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