Governo estuda candidatura do novo Hospital Central de Évora a fundos da UE

Hospital está hoje dividido por dois edifícios.

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Plano de reorganização da rede hospitalar vai estar pronto no dia 15 Nuno Ferreira Santos

O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, revelou nesta sexta-feira que a tutela está a estudar uma candidatura a fundos comunitários para a construção do novo Hospital Central de Évora.

Em declarações à agência Lusa, José Robalo disse que o secretário de Estado da Saúde reuniu-se com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, no final do ano passado, para estudar uma candidatura a fundos comunitários.

"O que ficou definido foi que a CCDR do Alentejo, na altura que achasse mais conveniente a apresentação deste projecto [ao programa operacional regional Alentejo 2020], nos abordaria para desenvolvermos a construção do novo hospital", adiantou.

José Robalo referiu que "o projecto está nas mãos da CCDR do Alentejo e do Ministério da Saúde", esperando que a "cooperação muito próxima" entre as duas entidades resulte na concretização do projecto.

O presidente da ARS do Alentejo falava a propósito das declarações do ministro da Saúde, Paulo Macedo, que, no início deste mês, em Évora, disse que o Governo estava a considerar avançar com a construção do hospital, sem se comprometer com datas para o início da obra.

Em Agosto de 2011, o titular da pasta da saúde tinha dito à Lusa que a construção do novo hospital, para substituir o actual, ia ser reavaliada pelo Governo, tendo em conta "a realidade do país".

Nesta sexta-feira, José Robalo afirmou que a necessidade da construção do novo hospital central "é reconhecida por todos os partidos políticos e por todas as pessoas" para que seja criada "alguma diferenciação e especificidade ao nível dos cuidados de saúde na região".

"Qualquer unidade hospitalar, construída de raiz, com uma carteira de serviços bem definida, poderá rentabilizar os recursos e tornar-se mais eficiente", ao contrário do que acontece nos atuais edifícios, que "provocam muitos constrangimentos", sustentou.

O responsável considerou que, actualmente, "não é fácil rentabilizar os recursos", porque o hospital "está dividido em dois edifícios, separados por uma estrada".

"Num único edifício, essa rentabilização pode ser muito mais eficaz, uma vez que os próprios serviços estão estudados na sua distribuição espacial para haver uma maior eficiência e rentabilidade", acrescentou.

 

 

 

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