Ministro palestiniano morre em manifestação, após confrontos com militares israelitas

Responsável tinha sido agredido por soldados mas não era clara a causa da morte de Ziad Abu Ein. Decretados três dias de luto na Palestina.

O ministro palestiniano discutia com um soldado israelita
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O ministro palestiniano discutia com um soldado israelita Abbas Momani/AFP
Um soldado israelita atingiu-o no pescoço. O minsitro morreu pouco depois, a caminho do hospital
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Um soldado israelita atingiu-o no pescoço. O minsitro morreu pouco depois, a caminho do hospital Abbas Momani/AFP

Um ministro palestiniano morreu pouco depois de ter sido agredido por soldados israelitas num protesto palestiniano na Cisjordânia ocupada, disse um fotógrafo da agência Reuters e um paramédico palestiniano.

Ziad Abu Ein, ministro sem pasta, ainda foi levado de ambulância da localidade de Turmusiya, mas morreu a caminho do hospital mais perto, na cidade de Ramallah.

Fonte dos paramédicos disse à BBC que a causa da morte não tinha sido a agressão mas o gás lacrimogéneo.

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, disse que esta foi “uma acção bárbara perante a qual não podemos ficar calados”, anunciou uma investigação, e decretou três dias de luto.

O exército israelita disse que iria examinar o incidente.

Um grupo de cerca de uma centena de activistas estrangeiros e palestinianos da organização governamental liderada por Abu Ein, o Comité para a Resistência aos Colonatos e ao Muro, dirigiam-se a uma zona perto de um colonato para uma acção de protesto em que iriam plantar árvores, quando foram parados num checkpoint improvisado, disseram testemunhas.

Um grupo de soldados israelitas lançou gás lacrimogéneo e seguiram-se escaramuças. Abu Ein, envolvido num confronto com dois soldados, foi atingido por um golpe de um deles no pescoço. Pouco depois foi levado numa ambulância, contou o fotógrafo da Reuters.

O incidente ocorre quando violência esporádica entre israelitas e palestinianos tem sido fatal: nas últimas semanas, dez israelitas e uma imigrante morreram em ataques levados a cabo por palestinianos e mais de 12 palestinianos morreram também, incluindo muitos dos acusados pelos ataques (a maioria com facas ou veículos atirados contra a linha de metro de superfície de Jerusalém), e alguns vítimas de violência em protestos.


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