Cavalo Dinheiro de Pedro Costa em terceiro na lista de melhores de 2014 da Sight & Sound

Entretanto, também já se conhece a lista dos Cahiers du Cinéma e promete gerar controvérsia: em primeiro lugar surge P’tit Quinquin, série televisiva exibida no Arte

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Imagem de Cavalo Dinheiro, o último filme de Pedro Costa DR

Cavalo Dinheiro, o mais recente filme de Pedro Costa, surge em terceiro lugar na lista de melhores do ano divulgada pela revista britânica Sight & Sound, publicação do British Film Institute. O filme que coloca novamente em cena Ventura, protagonista central na obra recente de Pedro Costa (foi já à sua volta que nasceu Juventude em Marcha), e que estreará em Portugal dia 4 de Dezembro, surge ex-aequo no terceiro lugar com Leviathan, de Andrey Zvyagintsev. Os 112 votantes da Sight & Sound colocaram nos dois primeiros lugares Momentos de Uma Vida, de Richard Linklater, e Adeus à Linguagem, de Jean-Luc Godard, respectivamente.

O site da Sight & Sound destaca um excerto da crítica a Cavalo Dinheiro, escrita por Jason Anderson, onde se classifica a longa-metragem como “uma colisão entre história cinematográfica e histórias autênticas de sofrimento”. Abaixo do filme de Costa, surgem Debaixo da Pele, de Jonathan Glazer, e Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson. Winter Sleep, do turco Nuri Bilge Ceylan, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, surge em sétimo, seguido de The Tribe, do ucraniano Myroslav Slaboshpytskiy. Ida, do polaco Pawel Pawlikowski, e Jauja, do argentino Lisandro Alonso, empatados no nono lugar, fecham o top 10 da revista britânica.

O filme de Pedro Costa foi estreado este Verão no Festival de Locarno, na Suiça, de onde saiu com dois prémios, o de melhor realizador e o da Federação Internacional de Cineclubes. Há menos de semana, dia 23 de Novembro, venceu a competição internacional do Festival de Cinema de Vanguarda, em Atenas.

Percorrido o percurso por festivais que cumpre desde Locarno, e depois da estreia portuguesa em Dezembro, Cavalo Dinheiro será exibido no circuito comercial do Reino Unido, França, Bélgica, Japão e Estados Unidos. Em território americano a obra do cineasta de Ossos ou No Quarto da Vanda será apresentada numa retrospectiva.

Entretanto, também os Cahiers du Cinéma apresentaram a sua lista de melhores do ano – que promete gerar controvérsia. Lá encontramos Jean-Luc Godard e o seu Adeus à Linguagem na segunda posição, Debaixo da Pele, de Jonathan Glazer, em terceiro, Mapas para as Estrelas, de David Cronenberg, em quarto, Le Vent Se Lève, filme de animação do japonês Hayao Miyazaki, em quinto, ou Ninfomaníaca, de Lars Von Trier, em sexto.

Em primeiro? Para os Cahiers, o melhor filme do ano é uma série de televisão, P’tit Quinquin. Realizada por Bruno Dumont, realizador de 56 anos, foi exibida em quatro episódios no canal Arte entre 18 e 25 de Setembro, depois de, em Maio, ter sido seleccionada para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes.

Os restantes filmes que compõem a lista da revista francesa são Mommy, do canadiano Xavier Dolan, Prémio do Júri no Festival de Cannes, no sétimo lugar, Love Is Strange, do americano Ira Sachs, no oitavo, Le Paradis, do francês Alain Cavalier, no nono, e Our Sunhi, do sul coreano Hong Sang-soo, a encerrar a lista de dez filmes.

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