O Estoril continua a ser uma fonte de problemas para o FC Porto

Os “dragões” empataram na Amoreira e salvaram-se da derrota nos descontos, graças a um golo de Óliver Torres. O resultado deixa a equipa no 3.º lugar da Liga, atrás de Benfica e Vitória de Guimarães

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O Estoril voltou a causar problemas ao FC Porto Pedro Nunes/AFP

O FC Porto, a única equipa ainda invicta da Liga, salvou-se da derrota nos últimos instantes (2-2), mas não evitou deixar dois pontos no estádio do Estoril e perder o segundo lugar, posição em que iniciou a jornada, para o V. Guimarães. O Estoril, que na época passada roubou cinco pontos aos “dragões”, mostrou competência e esteve a segundos de conseguir a segunda vitória seguida.

A equipa de José Couceiro não precisou de jogar com um ponta-de-lança para colocar problemas ao FC Porto. Do outro lado, os planos de jogo de Julen Lopetegui não resultaram. O espanhol surpreendeu, não tanto pela mudança de protagonistas — entraram Quaresma e Adrián López no “onze” —, mas pela alteração táctica numa altura em que a equipa podia conseguir a quinta vitória consecutiva. O espanhol jogou junto a Jackson e Brahimi manteve-se na esquerda, onde voltou a desequilibrar, mas isso deixou o meio-campo central em inferioridade numérica e sem alguém para fazer a ligação para o ataque.

Apesar disso, foi o FC Porto a inaugurar o marcador, mas precisou de mais uma jogada espectacular de Brahimi (20’). O franco-argelino recolheu a bola perto da bandeirola de canto, ultrapassou Anderson Luís e passou por Diogo Amado antes de fazer o seu segundo golo na prova (contou ainda com um desvio da bola em Yohan Tavares).

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Couceiro montou melhor a sua equipa, que foi perigosa no contra-ataque. E essa foi sempre a ideia do Estoril. Os irrequietos Sebá e Kuca a partir das alas e nenhuma referência no centro do ataque, com Tozé a funcionar como n.º 10.

O empate chegou rapidamente, aos 27’, quando Emídio Rafael encontrou Kuca na área e este não desperdiçou. Na jogada imediatamente anterior, o cabo-verdiano foi tocado na área por Casemiro, mas Artur Soares Dias nada assinalou (tal como num lance na 2.ª parte em que Amado toca em Danilo).

Brahimi e Quaresma, de livre directo, poderiam ter feito o FC Porto ir para o intervalo em vantagem. Os portistas mandaram mais no jogo na segunda parte, mas tiveram mais oportunidades na primeira. Quaresma e Sebá desperdiçaram boas oportunidades antes do Estoril marcar, graças a um penálti cometido por Fabiano sobre Tozé, que o jogador formado no Dragão não falhou (81’).

E quando parecia que o jogo iria terminar com a derrota dos visitantes, como nas sete primeiras deslocações dos “dragões” ao estádio do Estoril, apareceu Óliver para dar um ponto à sua equipa (90’+4’)

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