CGD com lucros de 55,5 milhões e forte subida de depósitos

Depósitos no banco do Estado subiram 2540 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

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Venda da Fidelidade contribuiu para o desempenho positivo da Caixa Carla Rosado

A Caixa Geral de Depósitos foi o único grande banco português a fechar o terceiro trimestre em terreno positivo (por oposição ao BCP e BPI), com lucros de 55,5 milhões de euros, que contrastam com um prejuízo no mesmo período do ano passado de 283,5 milhões de euros.

É o terceiro trimestre consecutivo em que o banco apresenta lucro, ainda que entre Janeiro e Junho, a CGD tenha apurado um lucro de 130 milhões de euros, que acabou por ser penalizado pelas imparidades de crédito registadas com empresas do Grupo Espírito Santo (GES). 

Em comunicado, a CGD justifica o acréscimo de 20% nas imparidades do crédito (uma parte resultante da exposição ao GES), que totalizam agora 570 milhões, por "factores conjunturais de carácter não recorrente, parte dos quais com reflexo muito importante na actividade internacional."

Ainda assim os custos com provisões e imparidades representaram uma redução homóloga de 13,1%, totalizando, no acumulado dos nove meses, 580,8 milhões de euros

Entre Janeiro e Setembro, o produto da actividade bancária subiu para 1370 milhões de euros, mais 10,4%, reflectindo o impacto positivo na CGD da crise no BES, com os depósitos a subirem 2540 milhões de euros para 69.726 milhões (mais 3,8%) face aos nove primeiros meses de 2013. Por seu turno, o crédito reduziu-se 4,9% para 71.900 milhões de euros. O financiamento à economia caiu 7% para 55 mil milhões, sendo que quer ao nível das empresas quer de particulares se verificou uma descida. A margem financeira alargada aumentou 26,2% para 779,9 milhões no período analisado. 

O resultado bruto registou uma subida de 66,4%, totalizando 413,3 milhões de euros. Para os resultados positivos contribuiu também a venda de 80% das seguradoras Fidelidade, Multicare e Cares, ao grupo chinês Fosun, que originou uma mais-valia de 234,9 milhões de euros. O rácio de solvabilidade (CET1) passou de 10,7%, em Dezembro do ano passado, para 11,7% no terceiro trimestre do ano.

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