Ricardo Quaresma resolve depois do habitual erro

O extremo português marcou quatro minutos depois de entrar para dar o triunfo ao FC Porto sobre os espanhóis do Athletic Bilbau. “Dragões” reforçaram a liderança no Grupo H na Liga dos Campeões.

Foto
Quaresma marcou o golo da vitória do FC Porto Miguel Vidal/Reuters

O FC Porto conseguiu ultrapassar mais um erro infantil para vencer o Athletic Bilbau (2-1) e consolidar a liderança do Grupo H da Liga dos Campeões. E precisou de Quaresma, lançado a 20 minutos do fim, para o fazer. Héctor Herrera colocou o FC Porto em vantagem, mas depois também foi protagonista na já habitual oferta portista ao adversário que resultou no empate no Dragão. Enervados por mais uma falha, os adeptos censuraram Julen Lopetegui pela saída de Quintero e só descansaram quando o extremo português compensou o erro e fez regressar a equipa ao comando do marcador.

Complicado, o sucesso alivia a pressão em torno de Lopetegui e da equipa depois da eliminação da Taça de Portugal. O FC Porto soma sete pontos em três jornadas, mais dois do que conseguiu em toda a fase de grupos da temporada anterior.

Com Cristian Tello em bom plano nas alas, a dar muito trabalho à defesa espanhola, o FC Porto dominou com intensidade e vontade a primeira meia hora. Martins Indi, servido por Casemiro, esteve perto do 1-0, mas, contra a corrente do jogo, até foram os visitantes a ter a primeira grande oportunidade, quando Mikel San José atirou ao poste (26’).

Foto

Depois de Jackson Martínez e Danilo desaproveitarem as assistências de Tello, o FC Porto marcou em cima do intervalo. Quintero colocou na área e Herrera aproveitou o movimento de Jackson para rematar com sucesso (45’). O golo do mexicano, que nesta época também marcou ao Lille na Liga dos Campeões, foi um dos 21 que se registaram ontem ao intervalo na prova.

Escaldados pelos últimos jogos, notou-se uma preocupação nos jogadores do FC Porto em não facilitar no seu sector mais recuado. Despacharam mais bolas do que é normal, mas, ainda assim, apareceram os erros. O mau passe de Herrera, que resultou num grande golo de Guillermo Fernández (58’), não foi o primeiro. O jogador da formação do Athletic já poderia ter festejado mais cedo (51’), mas Fabiano defendeu bem. Seis dos últimos sete golos sofridos pelo FC Porto tiveram na sua origem erros evitáveis dos seus jogadores.

A partir de então, qualquer atraso para Fabiano mereceu a repreensão dos adeptos e os assobios subiram de tom quando, momentos depois de Quintero assistir Tello para um remate do espanhol que saiu perto, Lopetegui tirou o colombiano de campo. A insatisfação das bancadas foi para a saída do playmaker, não para a entrada Rúben Neves, que apareceu bem na partida e ajudou a acalmar a equipa numa altura em que o Athletic estava bem no jogo.

Para tentar resolver a má entrada do FC Porto na segunda metade, Lopetegui lançou Quaresma e o extremo não precisou de muito tempo para resolver. Aos 75’, quatro minutos depois de entrar, recebeu a bola de Brahimi, livrou-se de um adversário e rematou para golo, num lance em que o guarda-redes Gorka Iraizoz poderia talvez ter feito melhor.

Fabiano segurou depois a vantagem num cabeceamento de Aymeric Laporte, o segundo francês a actuar pelo Athletic após o pioneiro Lizarazu. O remate do central, que tem “sangue” basco por causa das origens de um bisavô, saiu à figura do guarda-redes brasileiro. Aos 90’, o FC Porto teve uma oportunidade de ouro para aumentar a vantagem, mas Jackson estava em noite desinspirada.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários