Portugal não prevê enviar militares apesar de apoiar coligação contra o Estado Islâmico

Garantia foi dada pelo Presidente da República no encerramento do 10º encontro do Grupo de Arraiolos, em Braga. Cavaco Silva recusou pronunciar-se sobre a possibilidade de antecipação das legislativas do próximo ano.

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O encontro do Grupo de Arraiolos termina esta terça-feira. Paulo Pimenta

Portugal não tem previsto o envio de militares para participarem nas operações militares da coligação internacional constituída para combater a ameaça do Estado Islâmico, a operar na Síria e no Iraque. A garantia foi dada esta terça-feira pelo Presidente da República durante a conferência de encerramento do encontro de chefes de Estado do Grupo de Arraiolos, que decorreu em Braga.

Apesar de não envolver as suas tropas nas operações, o país dá um apoio “inequívoco” a esta iniciativa de combate ao terrorismo, sublinhou Cavaco Silva

O Presidente da República lembrou que o envio de militares portugueses para operações noutros países depende da autorização do Conselho Superior de Defesa Nacional, presidido por si, que até ao momento não foi chamado a pronunciar-se.

“Até este momento não está prevista uma participação dos militares portugueses no combate” ao grupo extremista, afirmou. No entanto, Portugal “apoia inequivocamente a coligação internacional que faz frente ao movimento terrorista Estado Islâmico”, garantiu o chefe de Estado.

As declarações foram feitas no encerramento do encontro do Grupo de Arraiolos, realizado no mosteiro de Tibães, em Braga, e que junta os Presidentes da República de nove países da União Europeia que têm em comum o facto de não terem funções executivas. Na reunião houve outra questão de segurança a marcar a agenda: o conflito da Ucrânia e as suas implicações na forma como a Europa é dependente do fornecimento de gás vindo da Rússia.

Na mesma ocasião, o Presidente da República recusou pronunciar-se sobre a possibilidade de antecipação do calendário das eleições legislativas do próximo ano, de modo a permitir a entrada em vigor do Orçamento de Estado no primeiro dia de 2016, uma solução que voltou a ser abordada na sequência do triunfo de António Costa nas eleições primárias do PS, no domingo.

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