Novo Banco acorda venda da Tranquilidade à Apollo

Instituição garante que os norte-americanos apresentaram a "melhor proposta".

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Apollo irá injectar 150 milhões para capitalizar a seguradora Sara Matos

O Novo Banco, que ficou com os activos bons do BES, anunciou nesta terça-feira que chegou a acordo com os norte-americanos da Apollo para a venda da seguradora Tranquilidade. Num comunicado divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a instituição que será liderada por Eduardo Stock da Cunha afirma que o valor do negócio “corresponde à melhor proposta recebida durante o processo”.

Já há várias semanas que o Novo Banco e a Apollo negociavam esta alienação, que ontem ficou finalmente formalizada com a assinatura deste acordo que prevê “a venda de acções representativas da totalidade do capital social da companhia de seguros Tranquilidade”. No comunicado, a instituição relembra que “as referidas acções foram dadas em penhor financeiro ao Novo Banco para cobertura de um crédito concedido à Espírito Santo Financial Group”. O negócio irá, por isso, ficar fechado quando se concretizar “a execução do referido penhor financeiro”.

O Novo Banco refere ainda que o valor associado ao negócio corresponde “à melhor proposta recebida durante o processo de venda”. A imprensa tem noticiado que a Apollo ofereceu 50 milhões de euros pela seguradora, acrescendo outros 150 milhões destinados a capitalizar a Tranquilidade. No comunicado, explica-se que houve, no decorrer do processo, “ajustamentos decorrentes de alterações relevantes no balançado da companhia”.

Esta operação, uma das últimas aprovadas pela equipa de Vítor Bento (que pediu para sair do cargo na semana passada) permitirá “a implementação do plano de financiamento e recuperação” da Tranquilidade, aprovado pelo Instituto de Seguros de Portugal, lê-se no documento. O negócio fica, ainda a aguardar “as autorizações regulatórias”.

Nesta terça-feira, soube-se também que a demissão da equipa de gestão do Novo Banco vai levar a ministra das Finanças e o governador do Banco de Portugal ao Parlamento, na sequência da aprovação de um requerimento do Bloco de Esquerda.

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