A TAP vai assegurar, no mínimo, a realização de 37 voos no dia da greve de 24 horas dos pilotos, agendada para 9 de Agosto. Desta lista, publicada nesta quinta-feira no site da companhia, fazem parte das rotas operadas através de aviões fretados e ainda as que regressam de aeroportos no estrangeiro.

Também não serão afectados os 90 voos diariamente operados pela PGA, transportadora regional detida pela TAP, mas que não é abrangida pelo pré-aviso de paralisação do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

De entre os voos da companhia que serão operados com aviões fretados encontram-se dez ligações de Fortaleza, Frankfurt, Amsterdão, Viena e Roma de e para Lisboa. No grupo de voos a realizar porque os aviões pernoitaram no estrangeiro estão outras 27 frequências maioritariamente de regresso à capital e com origem em Dakar, Luanda e Berlim, por exemplo. Nesta última lista está também um voo de Londres para o Funchal.

Esta será a operação mínima da TAP se a greve se concretizar, já que ainda falta definir os serviços mínimos por acordo com o sindicato. Ou, na ausência de um entendimento, em tribunal arbitral do Conselho Económico e Social. Regra geral, têm sido definidas como obrigatórias algumas ligações às regiões autónomas.

Para o dia 9 de Agosto, a TAP prevê transportar cerca de 40 mil passageiros, que, mesmo tendo voo assegurado, poderão ser afectados por atrasos na operação. A companhia já iniciou a reprogramação da operação, com o objectivo de recalendarizar as viagens de alguns clientes.

A greve de 24 horas dos pilotos foi convocada na passada sexta-feira, em assembleia geral do SPAC, depois de o mal-estar com a administração se ter agudizado. Desde Abril que os pilotos estão em greve de zelo, não trabalhando além do que está previsto no acordo de empresa.

O sindicato exige que sejam recompensados pelo esforço feito nos últimos anos e pede a responsabilização da equipa de gestão pelos problemas na TAP. Desde Junho, a companhia tem sofrido impactos na operação fruto do atraso na chegada de seis novos aviões e na formação de tripulantes e pilotos.

Depois de, inicialmente, o PSD e o CDS terem chumbado a ida do presidente da companhia ao Parlamento, na sequência de um requerimento dos comunistas, os partidos que sustentam a maioria propuseram esta semana que Fernando Pinto seja ouvido no final do Verão. A intenção foi aprovada por unanimidade por todos os partidos.