Fusão das universidades de Lisboa fez ganhar escala internacional

Nova instituição assinala um ano de existência, no qual subiu nos rankings do ensino superior.

Um ano depois da fusão da Universidade de Lisboa com a Universidade Técnica de Lisboa, o principal impacto sentido da criação da maior instituição de ensino superior nacional acontece fora do país. O ganho de escala permitiu uma subida nos principais rankings internacionais, o que está a fazer aumentar a procura por parte de estudantes e também de empresas. Mas as principais consequências do processo só vão sentir-se “a médio prazo”, acredita o reitor António Cruz Serra.

Os rankings internacionais do ensino superior publicados este ano têm mostrado uma subida dos resultados da Universidade de Lisboa (UL), tanto em termos de produção científica, como dos indicadores relacionados com o ensino. O crescimento é maior do que a soma dos rankings da Técnica e da Clássica, resultando num ganho que está a trazer bons resultados. “Temos percebido um aumento na procura por parte de estudantes estrangeiros e também temos recebido mais convites para conferências e organizações internacionais”, diz Cruz Serra.

Da parte das empresas, também têm surgido mais convites para colaborações com as unidades de investigação da universidade, que após a fusão se tornou a maior do país, uma realidade que também é valorizada pelo reitor.

A fusão da Universidade de Lisboa e da Universidade Técnica de Lisboa foi concretizada no dia 25 de julho de 2013 com a tomada de posse de António da Cruz Serra como primeiro reitor. Apesar dos primeiros bons indicadores, o responsável entende que os maiores benefícios da fusão da Clássica e da Técnica só vão ser sentidos “a médio prazo”. “Só com o tempo é que vão perceber-se os impactos nos resultados do nosso ensino, na investigação e na transferência de tecnologia para as empresas”, diz.

Para já, os benefícios foram, sobretudo, de ordem administrativa e de gestão de recursos. O primeiro ano de funcionamento da “nova” Universidade de Lisboa serviu para fazer a organização da universidade e dos seus serviços e resolver os “imensos problemas” relacionados com a burocracia do processo de transição. “Também tem corrido muito bem do ponto de vista da mobilização da comunidade académica”, acrescenta o reitor.

Para assinalar o primeiro aniversário da fusão, a UL inaugura esta sexta-feira uma mostra comemorativa, intitulada “723+1”, e que estará patente no átrio da reitoria até 16 de Outubro. 

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