Marques Guedes diz que ministra das Finanças como comissária é “especulação”

Ministro da Presidência garante que o nome para comissário português não foi discutido na reunião do Conselho de Ministros, marcado pela ausência de Passos Coelho, Paulo Portas, Rui Machete, Paulo Macedo, Pires de Lima e Maria Luís Albuquerque.

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Maria Luís Albuquerque apontada para comissária europeia Daniel Rocha

O ministro da Presidência recusou-se esta quinta-feira a comentar a possibilidade de a ministra das Finanças assumir em breve as funções de comissária europeia, dizendo que este é o tempo das especulações e não das decisões do Governo.

Esta resposta de Luís Marques Guedes foi dada no final da reunião do Conselho de Ministros, depois de confrontado com notícias avançadas pela edição diária do Expresso, segundo as quais Maria Luís Albuquerque poderá ser nomeada comissária europeia caso Portugal consiga no executivo de Bruxelas uma pasta relevante.

O titular da pasta da Presidência começou por referir que a ministra de Estado e das Finanças não esteve na reunião de hoje do Conselho de Ministros, por se encontrar a gozar "um pequeno período de férias". "A questão da representação nacional na Comissão Europeia não foi assunto hoje abordado, até porque tratou-se de um Conselho de Ministros sem a presença do primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] e do vice-primeiro-ministro [Paulo Portas], ambos fora de Lisboa em trabalhos de Estado", referiu o ministro da Presidência.

Sobre a questão em concreto referente à continuidade de Maria Luís Albuquerque no Governo, Luís Marques Guedes respondeu: "Não tenho qualquer comentário a fazer sobre essa matéria".

E acrescentou: "Este é o tempo em que mediaticamente alguns comentadores vão falando de nomes e de hipóteses, mas não é o tempo das decisões. O tempo das decisões será anunciado quando o primeiro-ministro e o Conselho de Ministros abordarem o assunto e quando houver alguma coisa a decidir sobre a matéria. Neste momento, ainda estamos no tempo das especulações e da opinião a circular livremente (e ainda bem) na comunicação social."

Antecipação de legislativas não foi discutida

Luís Marques Guedes também garantiu que o Governo não discute internamente o cenário de antecipação das eleições legislativas em 2015, alegando tratar-se de uma questão do âmbito partidário e competência do Presidente da República.

"Trata-se de um assunto que diz respeito exclusivamente aos partidos políticos e ao senhor Presidente da República. Como tal, não é matéria que seja discutida internamente dentro do Governo", alegou o titular da pasta da Presidência, depois de confrontado com a posição do ex-secretário-geral do PSD e ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, que defendeu que as eleições legislativas deveriam realizar-se em Abril de 2015 e não, como está previsto, em Setembro ou Outubro do próximo ano.

Marques Guedes salientou que o Governo "tem um mandato para cumprir e um programa para executar dentro desse mandato, com responsabilidades perante o país". Por isso, o Executivo “não comenta quaisquer opiniões que sejam difundidas no plano partidário, ou por comentadores políticos relativamente às eleições legislativas".

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