BPI com prejuízos semestrais de 106 milhões de euros

Grupo saiu três anos antes do previsto da alçada do Estado ao reembolsar a totalidade do empréstimo de 1500 milhões de euros.

Nos primeiros seis meses do ano, o prejuízo do BPI cifrou-se em 106,6 milhões de euros, em resultado da venda da carteira de divida pública portuguesa e italiana que gerou uma menos valia de 102 milhões de euros.

Em termos homologos as imparidades para crédito cairam de 151 milhões para 100 milhões de euros.   

O presidente do BPI Fernando Ulrich, lembra que três anos antes do prazo acordado, o grupo saiu da alçada do Estado ao reembolsar a totalidade dos CoCo, 1500 milhões de euros, dos quais 920 milhões foram entregues nos primeiros seis meses deste ano.

No primeiro semestre, os custos com o financiamento estatal (CoCos) cifraram-se em 26,7 milhões de euros. 

Segundo a documentação enviada à comunicação social pelo BPI, o rácio core tier 1 está em 12,5%, superior aos 8% definidos pelo BCE. 

Já o rácio de transformação de depósitos em crédito é agora de 92%, abaixo do limite máximo recomendado pelo Banco de Portugal, que é de 120%. Ou seja: o BPI capta mais depósitos do que concede de empréstimos aos clientes (o que alivia a pressão para o endividamento da instituição). 

No que respeita ao rácio de crédito em risco este é agora de 5,4%, enquanto o custo do risco de crédito tombou (em termos homólogos anualizados) de 1,04% para 0,72%. O nível de cobertura por imparidades situa-se em 83%.

Fernando Ulrich, que confessou não se ter encontrado com Ricardo Salgado desde que este deixou o BES, optou por não falar sobre o tema alegando que “o período é difícil” e que “não ia acrescentar nada se falasse”. 

E sublinhou que  “tinha mais graça ter confrontos públicos quando o dr. Ricardo Salgado estava na mó de cima e quando” os jornalistas o consideravam “o dono disto tudo". O presidente do BPI teceu elogios à nova equipa de gestão do BES, afirmando que conhece bem Vítor Bento (CEO), João Moreira Rato (CFO) e José Honório (vice-presidente), assim como Paulo Mota Pinto (chairman).  

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